Mercado da habitação no primeiro trimestre com altos e baixos
Os três primeiros meses do ano foram marcados por quedas e subidas. De acordo com a Síntese Estatística da Habitação da AICCOPN, as licenças para obras de reabilitação e para novos fogos caíram. Subiu a avaliação e a concessão de novo crédito.
No período em análise, as licenças emitidas pelas Câmaras Municipais para obras de construção e reabilitação de edifícios habitacionais registaram uma diminuição de 5,6%, em termos homólogos, fruto de uma forte quebra de 19,1% no mês de Março que veio inverter a tendência de crescimento.
Também ao nível fogos novos licenciados assistiu-se a uma diminuição no 1º trimestre, de -6,1%, em resultado da forte contracção de 32% registada no mês de Março.
O consumo de cimento no mercado nacional, nos três primeiros meses do ano, cresceu 5,6%, impulsionado pelo aumento, em termos homólogos, de 6,6% no mês de Março.
Quanto ao novo crédito concedido pelas instituições financeiras para aquisição de habitação até Março, verifica-se um crescimento de 21,2% em termos homólogos, para 2.848 milhões de euros. Analisando unicamente o mês de Março observa-se um crescimento (9,4%), que embora relevante é significativamente inferior às variações registadas nos 6 meses anteriores.
A síntese indica ainda que a avaliação imobiliária da habitação efectuada para efeitos de crédito bancário apurou um valor mediano de 1.110 euros por m2 em março, o que traduz um aumento de 10,3%, face aos 1.006 euros por m2 apurados no mês homólogo. Em termos mensais apurou-se a primeira variação negativa desde Janeiro de 2016.
Nos Açores, região em destaque nesta síntese, o número de fogos licenciados em construções novas nos doze meses terminados em Março de 2020 totalizou 520, o que traduz um aumento de 10,4% face aos 471 alojamentos licenciados nos 12 meses anteriores. Destes, 48% são de tipologia T2 ou inferior e 37% de tipologia T3. Quanto aos valores de avaliação bancária na habitação nesta região verificou-se, em Fevereiro, um aumento em termos homólogos de 7,2% para 908 euros por m2 .