CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Actualidade

Construção

Sector da construção contrai em 2023 nos mercados desenvolvidos

3 de março de 2023

A Crédito y Caución prevê que os incumprimentos aumentem em Espanha, na Alemanha, na Bélgica, França, EUA, Itália, Países Baixos, Polónia e Reino Unido. Portugal apresenta um risco de incumprimento muito elevado.

De acordo com o mais recente relatório divulgado pela Crédito y Caución, o desempenho do sector da construção enfrentará, a nível global, em 2023, um elevado grau de incerteza marcado pela possível recessão económica em diversos mercados, pela escalada dos preços da energia e pelas altas taxas de juro. O relatório prevê que os incumprimentos no setor aumentem em 2023 em mercados tão relevantes como: Espanha, Alemanha, Bélgica, França, Estados Unidos, Itália, Países Baixos, Polónia e Reino Unido.
De acordo com o estudo, a seguradora de crédito prevê que a actividade agregada do setor da construção nos mercados desenvolvidos sofra uma contração em 2023 face ao desempenho nas economias emergentes da Ásia onde o setor irá manter o seu dinamismo. A engenharia civil sustentará o crescimento do setor em 2023, impulsionada pela construção de infraestruturas públicas, enquanto o endurecimento da política monetária e um menor poder de compra das famílias vão pesar sobre a procura de casas novas.
Nos mercados avançados, a escassez de mão-de-obra qualificada vai aumentar os custos salariais dos construtores, o que na Europa poderá converter-se, a médio prazo, num problema estrutural. Adicionalmente, as limitações na oferta de materiais de construção vão atenuar-se, mas não vão desaparecer em 2023 pelo que o relatório divulgado pela Crédito y Caución não descarta que os custos da construção voltem a subir. A médio e longo prazo, o setor enfrenta uma transformação dos seus processos e cadeias de fornecimento para reduzir o seu impacto ambiental, que hoje representa 36% do consumo mundial de energia e 40% das emissões de CO2. 
Neste contexto global, o setor da construção apresenta um risco elevado ou muito elevado de incumprimento em 23 mercados: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, China, Coreia do Sul, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Eslováquia, Espanha, França, Hungria, Itália, México, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia, Singapura, Suíça e Turquia. Onze mercados apresentam um risco moderado: Canadá, Estados Unidos, Hong Kong, Índia, Indonésia, Irlanda, Japão, Nova Zelândia, Países Baixos, Tailândia e Taiwan. Nenhum mercado apresenta um risco baixo ou muito baixo.