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Primeiro troço da Linha da Beira Alta reabre em Novembro

24 de setembro de 2024

Um primeiro troço da Linha da Beira Alta, que se encontra encerrada desde Abril de 2022 devido a obras de modernização vai ser reaberto em Novembro, anunciou o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.

Segundo o ministro, um segundo troço será reaberto em Dezembro e, “até Março do próximo ano, os 200 quilómetros da linha estarão reabertos”.

A renovação integral da Linha da Beira Alta (193 quilómetros entre Pampilhosa e Vilar Formoso) é considerada uma das obras fundamentais do Corredor Internacional Norte e tem como objectivo permitir uma ligação ferroviária mais segura e rápida entre o centro e o norte do país e a fronteira com Espanha.

No dia 19 de abril de 2022, quando a Linha da Beira Alta foi cortada, a Infraestruturas de Portugal (IP) estimou que assim se mantivesse por um período de nove meses.


Atrasos sucessivos....

Nesse dia, a IP garantiu que, no início de 2023, os utilizadores da Linha da Beira Alta já teriam "um serviço de transporte ferroviário de maior qualidade, conforto, segurança e ambientalmente sustentável".

Em Maio de 2023, no final de uma visita a um troço da obra entre Mangualde e Celorico da Beira, a IP anunciou nova data para a reabertura – 12 de Novembro desse ano – que também não se concretizou.

“Estamos a fazer um esforço imenso em termos das nossas equipas e das equipas das quatro empreitadas que estão a correr. Estamos, de facto, comprometidos em reabrir a linha no dia 12 de Novembro”, disse na altura o vice-presidente da IP, lembrando que a obra representa “um investimento de praticamente 600 milhões de euros, integrado no programa Ferrovia 2020”.

Em novembro de 2023, quando questionada pela agência Lusa, a IP disse prever que a reabertura da linha à exploração (com catenária em funcionamento) ocorresse até ao final do primeiro semestre de 2024.

A IP negou que o não cumprimento da data fosse um “novo atraso”, argumentando que o que se verificava era “uma continuidade dos constrangimentos, nomeadamente a falta de capacidade do mercado da construção (subempreiteiros, materiais, equipamentos e mão de obra) resultante da actual conjuntura mundial, bem como do período de forte investimento” que o país atravessava.

“A este complexo cenário juntou-se o furto generalizado de catenária (fio de contacto e ‘feeder’ em cobre)”, acrescentou, na altura.

O não cumprimento das datas de reabertura da Linha da Beira Alta que têm sido apontadas pela IP tem motivado críticas de várias autarquias.

Lusa/DI