Primeiro troço da Linha da Beira Alta reabre em Novembro
Um primeiro troço da Linha da Beira Alta, que se encontra encerrada desde Abril de 2022 devido a obras de modernização vai ser reaberto em Novembro, anunciou o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.
Segundo o ministro, um segundo troço será reaberto em Dezembro e, “até Março do próximo ano, os 200 quilómetros da linha estarão reabertos”.
A renovação integral da Linha da Beira Alta (193 quilómetros entre Pampilhosa e Vilar Formoso) é considerada uma das obras fundamentais do Corredor Internacional Norte e tem como objectivo permitir uma ligação ferroviária mais segura e rápida entre o centro e o norte do país e a fronteira com Espanha.
No dia 19 de abril de 2022, quando a Linha da Beira Alta foi cortada, a Infraestruturas de Portugal (IP) estimou que assim se mantivesse por um período de nove meses.
Atrasos sucessivos....
Nesse dia, a IP garantiu que, no início de 2023, os utilizadores da Linha da Beira Alta já teriam "um serviço de transporte ferroviário de maior qualidade, conforto, segurança e ambientalmente sustentável".
Em Maio de 2023, no final de uma visita a um troço da obra entre Mangualde e Celorico da Beira, a IP anunciou nova data para a reabertura – 12 de Novembro desse ano – que também não se concretizou.
“Estamos a fazer um esforço imenso em termos das nossas equipas e das equipas das quatro empreitadas que estão a correr. Estamos, de facto, comprometidos em reabrir a linha no dia 12 de Novembro”, disse na altura o vice-presidente da IP, lembrando que a obra representa “um investimento de praticamente 600 milhões de euros, integrado no programa Ferrovia 2020”.
Em novembro de 2023, quando questionada pela agência Lusa, a IP disse prever que a reabertura da linha à exploração (com catenária em funcionamento) ocorresse até ao final do primeiro semestre de 2024.
A IP negou que o não cumprimento da data fosse um “novo atraso”, argumentando que o que se verificava era “uma continuidade dos constrangimentos, nomeadamente a falta de capacidade do mercado da construção (subempreiteiros, materiais, equipamentos e mão de obra) resultante da actual conjuntura mundial, bem como do período de forte investimento” que o país atravessava.
“A este complexo cenário juntou-se o furto generalizado de catenária (fio de contacto e ‘feeder’ em cobre)”, acrescentou, na altura.
O não cumprimento das datas de reabertura da Linha da Beira Alta que têm sido apontadas pela IP tem motivado críticas de várias autarquias.
Lusa/DI