
O belo edifício fotografo por Vitor Oliveira em Wikipedia
Futuro centro de acolhimento a turistas em Évora fecha museu
Um centro de acolhimento a turistas vai ser criado no edifício do Museu do Artesanato e Design de Évora (MADE), que fecha portas até ao final deste ano, num investimento de 1,5 milhões de euros, com financiamento PRR.
O projecto, indicou o presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, é desenvolvido pela entidade que lidera e está integrado na Capital Europeia da Cultura (CEC) Évora 2027.
“É um projecto para a CEC, mas que fica para o turismo de Évora e, principalmente, para o do Alentejo”, afirmou o responsável.
Denominado “Welcome Centre Évora”, o espaço vai ‘nascer’ da requalificação e transformação do edifício onde funciona actualmente o MADE, em pleno centro histórico, que pertence ao Estado e que está na tutela da ERT do Alentejo e Ribatejo.
Segundo o anúncio do concurso público para a primeira fase das obras, publicado, na terça-feira, em Diário da República (DR), esta empreitada tem um valor base de cerca de um milhão de euros.
A intervenção, pode ler-se no procedimento concursal, terá um prazo de execução de sete meses.
Reabilitar o edifício histórico e a pensar na Capital Europeia da Cultura 2027
O presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo previu que “as obras [referentes à primeira fase] se iniciem ainda este ano” para estarem concluídas em Junho de 2026, realçando que, depois, seguir-se-á o lançamento de outras empreitadas.
No total, a requalificação do edifício do MADE envolverá um investimento de 1,5 milhões de euros, totalmente financiado a 100% pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), adiantou.
“É uma oportunidade única de se criar um equipamento que sirva de suporte e acolhimento aos turistas que irão acorrer à cidade e à região em maior número em 2027” e que, depois desse ano, possa disponibilizar “ferramentas que permitam encaminhar os turistas um pouco por toda a região”, adiantou.
De acordo com José Manuel Santos, esta intervenção vai resolver problemas estruturais que o imóvel apresenta e inclui a substituição integral da cobertura e a realização de trabalhos no interior, nomeadamente a construção de sanitários.
“É também uma oportunidade para recuperar um edifício muito importante, não sendo classificado, na Zona de Especial Protecção (ZEP) da Igreja de São Francisco”, um do ex-líbris da cidade alentejana, assinalou.
As fases seguintes da requalificação abarcam o projecto de arquitectura do interior e a aquisição de novos equipamentos, realçou, salientando que o espaço “terá obviamente que estar pronto em Janeiro de 2027”.
Este edifício, também conhecido como Celeiro Comum, esteve encerrado entre 1991 e 2007, ano em que reabriu como Museu do Artesanato/Centro de Artes Tradicionais, passando, em 2011, a acolher também uma parte de uma colecção particular de Design. Não é conhecido até ao momento para onde será relocalizado o Museu do Artesanato e Design de Évora (MADE).
Lusa/DI