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© Kengo Kuma & Associates

Hall de entrada - © Kengo Kuma & Associates

Espaço projecto - © Kengo Kuma & Associates

Galeria subterrânea - © Kengo Kuma & Associates

Fundação Gulbenkian (re)inaugura o Centro de Arte Moderna

19 de setembro de 2024

A Fundação assinala com um vasto programa de espectáculos este fim-de-semana (21 e 22 de Setembro) a reinauguração do Centro de Arte Moderna e o jardim adjacente ao edifício. A construção do novo CAM, cuja obra arrancou em 2021, teve um custo final de 58 milhões de euros, segundo referiu aos jornalistas esta semana António Feijó, presidente do conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian

O renovado CAM resulta do antigo edifício projectado pelo arquitecto britânico Leslie Martin e inaugurado em 1983 - redesenhado pelo arquitecto japonês Kengo Kuma, que colaborou com o arquitecto paisagista Vladimir Djurovic.

A profunda reconfiguração do CAM parte de um projecto que ambiciona estabelecer uma maior ligação entre o edifício e a área alargada do Jardim Gulbenkian.

“A grande pala coberta de azulejos brancos de linhas suaves e orgânicas, que agora marca a fachada do novo edifício, transforma a sua entrada principal numa zona de passagem entre o CAM e o jardim, pensada para a socialização de quem o visita. Um espaço que pode ser simultaneamente de protecção e descontração, de acolhimento e de liberdade” - refere o site da fundação.

O famoso arquitecto japonês trabalho estreitamente em colaboração com o arquitecto paisagista Vladimir Djurovic, tendo em vista reforçar “a relação entre a natureza envolvente e o edifício, que está agora mais imerso na paisagem”.



© Vladimir Djurovic



© Vladimir Djurovic



© Vladimir Djurovic



A proposta de Vladimir Djurovic para o Jardim Sul desenvolve a visão dos arquitectos portugueses Gonçalo Ribeiro Telles e António Viana Barreto para o jardim preexistente, utilizando espécies da vegetação autóctone.

Com a extensão do Jardim e a sua abertura a sul à cidade, o edifício do CAM passa a ser a principal porta de entrada na Gulbenkian, possibilitando a quem visita a instituição o contacto com  uma oferta mais experimental e inovadora.

“O projecto proporciona também uma relação mais próxima entre o CAM e os restantes edifícios da Fundação Calouste Gulbenkian, bem como uma maior conexão com as zonas urbanas circundantes e com as comunidades que aí vivem ou trabalham” - refere a descrição do novo espaço cultural.

O projecto de arquitetura paisagista para a nova área do Jardim Gulbenkian, da autoria do arquitecto paisagista Vladimir Djurovic, baseou-se na linguagem do jardim existente, “expressão da paisagem portuguesa e de uma cultura ecológica e poética, adoptando este caráter tão marcante como inspiração para a nova expansão”.

A abertura ao público do novo edifício e jardim desenhados por Kengo Kuma e Vladimir Djurovic constitui também uma oportunidade para redescobrir um espaço público emblemático da cidade de Lisboa: a Rua Marquês de Fronteira, cuja requalificação foi agora concluída pela Câmara Municipal de Lisboa.



Ficha Técnica

Arquitectura

KKAA - Kengo Kuma Associate Architects (Principal in charge: Kengo Kuma)

OODA - Oporto Office for Design and Architecture

Arquitectura Paisagista

VDLA - Vladimir Djurovic Landscape Architecture

Traços na Paisagem - Lugar Invisível

Engenharia de Estruturas

Buro Happold

Quadrante

Identidade Visual

A Practice for Everyday Life