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Habitação

Taxa de esforço com o crédito para a habitação sobe em 307 dos 308 municípios

14 de novembro de 2024

Em 2022, verificou-se um aumento da taxa de esforço com o crédito para a habitação permanente em 307 dos 308 municípios, indica o INE.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística - INE, o valor mediano da taxa de esforço com o crédito para habitação permanente dos mutuários foi 14,5% e 116 municípios (38% do total de municípios), localizados sobretudo nas regiões Norte, Grande Lisboa, Península de Setúbal e Algarve, apresentaram valores medianos superiores à referência nacional. Em 307 dos 308 municípios do país verificou-se um aumento do valor mediano da taxa de esforço do crédito à habitação permanente em relação a 2021 (quando tinha sido 12,8%). Considerando apenas os mutuários com pelo menos um contrato celebrado em 2022 (6,9% do total de mutuários), o valor mediano da taxa de esforço foi 19,1% (15,5% em 2021).

Em Portugal, os 20% dos mutuários com taxas de esforço mais elevadas utilizavam quase 1/4 (24,0%) do rendimento para fazer face às prestações de crédito para habitação em 2022 (21,0% em 2021). A análise municipal identifica 65 municípios com valores acima de 25% neste indicador, tendo Aljezur registado o maior valor (31,9%). Em 2021, 13 municípios apresentavam valores acima de 25%.

O valor mediano da taxa de esforço com o crédito para habitação permanente, em 2022, era mais elevado para os mutuários com idade até 34 anos (17,2%) em comparação com a dos mutuários com idades dos 35 aos 64 anos (14,2%) e com a dos mutuários com 65 ou mais anos (13,3%). O Algarve, Alto Tâmega e Barroso, Região Autónoma da Madeira, Grande Lisboa e Alto Minho registaram taxas de esforço para os mutuários mais jovens superiores a 18%.

A mediana da taxa de esforço dos mutuários com contratos de crédito à habitação envolvendo dois ou mais mutuários era de 13,8%, sendo 17,3% para aqueles com um único mutuário. A segmentação por sexo da mediana da taxa de esforço dos mutuários em contratos envolvendo apenas um único mutuário evidenciava valores superiores para as mulheres (17,7%) em comparação com os dos homens (16,9%). Este padrão verificou-se também em 22 das 26 sub-regiões NUTS III. O Algarve era a sub-região com as maiores taxas de esforço da habitação dos mutuários em contratos envolvendo um único mutuário em ambos os sexos.