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Habitação by century 21

 

Rendas que não mexeram nos últimos anos arriscam subir até 11%

22 de outubro de 2024

As rendas podem subir 2,16% em 2025, podendo a actualização ser superior nas situações em que, tendo mantido a renda, o senhorio a actualize agora usando os coeficientes dos três anos anteriores, resultando num aumento de 11,1%.

Os dados da inflação média sem habitação registada em Agosto e divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que, a partir de Janeiro de 2025, as rendas (incluindo as anteriores a 1990) podem aumentar 2,16%, tendo decorrido 12 meses desde a última actualização.

Este valor corresponde a cerca de um terço do que foi fixado para a actualização das rendas em 2024, que ascendeu a 6,94% e que se traduziu no mais elevado dos últimos 30 anos, na sequência do contexto inflacionista registado.

Um ano antes, a actualização ficou limitada a 2%, devido ao travão decidido pelo Governo, sem o qual o aumento teria sido de 5,43%.


Exemplos

Num contexto de rendas já de valor elevado, aqueles 2,16% irão traduzir-se, grosso modo, numa subida de 18,36 euros para uma renda actual de, por exemplo, 850 euros.

O valor do aumento pode, no entanto, ser mais elevado, caso o senhorio tenha decidido deixar a renda inalterada nestes últimos anos e opte agora por juntar os três últimos coeficientes, o que poderá resultar num aumento superior a 11%.

Exemplificando, numa renda de 850 euros que se tenha mantido, a junção dos coeficientes destes três anos (1,0200; 1,0694 e 1,0216) resultará numa subida agregada de 97,20 euros, passando esta renda para 947,20 euros mensais.

De acordo com a lei, caso não o tenha feito, o senhorio pode proceder à actualização da renda com referência aos coeficientes dos três anos anteriores.

Com a lei do Mais Habitação, as rendas antigas, anteriores a 1990, passaram também a poder ser actualizadas de acordo com o coeficiente que tem por base a inflação média sem habitação registada em Agosto, o que significa que estes contratos poderão ser actualizados em 2,16% caso já tenham decorrido mais de 12 meses desde a actualização anterior (de 6,94%).

Lusa/DI