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Arrendamento

 

Rendas na Europa aumentaram 4,3%, mas os apartamentos em Lisboa estão mais baratos

9 de outubro de 2024

O Index Internacional de Rendas da HousingAnywhere regista um aumento anual das rendas de 4,3% em 28 cidades europeias, para o 3º trimestre de 2024, igualando o ritmo do último trimestre. Este aumento é consistente com a tendência ascendente registada ao longo do ano, com o segundo trimestre a registar também um aumento de 4,3% em relação ao ano anterior e o primeiro trimestre a registar um aumento de 3,8%.

Preços dos quartos estabilizam no Porto e em Lisboa, enquanto aumentam no resto da Europa 

O terceiro trimestre do ano é tradicionalmente marcado pelos estudantes que procuram alojamento para o início dos seus programas de estudo. “Os preços dos quartos divergiram do trimestre anterior, com um aumento trimestral de 2,4% e um aumento anual de 3,8%”, afirmou Djordy Seelmann, CEO da HousingAnywhere. “Em muitas cidades europeias, onde a escassez de oferta está a criar desafios significativos para os inquilinos, os estudantes enfrentam dificuldades ainda maiores durante esta época do ano, o que coloca em risco as suas experiências educativas ou os seus percursos profissionais”.

Enquanto os preços dos quartos aumentaram na grande maioria das cidades europeias, tanto no Porto como em Lisboa os preços são semelhantes ao de há um ano. Apenas Lisboa, onde o preço de um quarto é de 600 euros, foi afectada pelo tradicional aumento de preços relacionado com a mobilidade dos estudantes antes do início do próximo ano lectivo. O Porto, por outro lado, tem-se mostrado resistente a esta tendência, mantendo as rendas dos quartos nos 450 euros durante todo o ano.

Embora Amesterdão tenha ultrapassado a barreira dos 1.000 euros para os preços dos quartos no último trimestre, uma ligeira descida em relação ao trimestre anterior fez com que a média descesse para 984 euros. No entanto, as rendas na capital holandesa continuam a ser 4,6% superiores às do ano passado. Várias cidades holandesas e alemãs continuam a registar os preços mais elevados, com Hamburgo a 890 euros e Haia a 850 euros. Já Paris (840 euros), também entre as cidades com preços mais elevados, registou um aumento substancial de 18,3%.

Em contrapartida, cidades como Budapeste (350 euros) e Valência (400 euros) e o Porto (450 euros) oferecem preços de quarto mais baixos. As maiores descidas homólogas registaram-se em Frankfurt (-6,8%), Berlim (-6,7%) e Milão (-6,5%).


Lisboa reduz o valor nos apartamentos, Porto recupera equilíbrio

Em toda a Europa, os preços dos apartamentos aumentaram 4,1% em comparação com o ano anterior. No entanto, a tendência parece ser a oposta em Lisboa, com os preços dos apartamentos a reduzirem, em comparação com há um ano. Um apartamento na capital portuguesa custava 1.600 euros no primeiro trimestre do ano, depois aumentou para 1.848 euros no segundo trimestre e agora desceu ligeiramente para 1.792 euros. Em suma, os preços são agora 10,4% mais baixos do que há um ano.

Já o Porto, tem visto um aumento do valor de renda de apartamentos. Se no primeiro trimestre arrendar um apartamento podia custar cerca de 1.250€, no segundo trimestre o valor aumentou para 1.500€, transitando o mesmo valor para este Q3. Comparando com o mesmo período do ano passado, confirma-se uma subida de 11%.

No resto da Europa, no espectro mais elevado de preços, vemos Roma. Pela primeira vez nos últimos anos, Roma ultrapassou Amesterdão como a cidade com os preços mais elevados para apartamentos neste relatório, que abrange 28 cidades em 12 países europeus (excluindo o Reino Unido e a Suíça). No entanto, a diferença é de apenas 10 euros, uma vez que o preço médio de um apartamento mobilado em Roma é agora de 2.500 euros, em comparação com 2.490 euros em Amesterdão. A capital italiana registou também o maior aumento anual dos preços dos apartamentos, 28,2%, enquanto Amesterdão registou um aumento de 10,7%.

Sobre os preços mais baixos, Budapeste continua a ser a cidade com os preços mais baixos de apartamentos (850 euros), registando uma descida de 12,1%. Várias cidades alemãs, incluindo Estugarda (-18%), Colónia (-6,3%) e Dusseldorf (-3,1%), também registaram quedas de preços significativas.
Preços dos estúdios variam nas cidades europeias: Lisboa teve o maior aumento

As cidades alemãs registaram alguns dos preços mais elevados nesta categoria. Munique e Hamburgo registaram uma média de 1.650 euros e 1.495 euros, respetivamente. Bolonha (1.350 euros) e Paris (1.299 euros) também se encontram entre as cidades com preços mais elevados para aluguer de estúdios.

Já Lisboa teve a maior variação de preço com um aumento de 31.40% no arrendamento de estúdios, passando de 900 euros no terceiro trimestre de 2023 para 1.183 euros neste Q3. 

Por outro lado, Turim, Budapeste e Atenas apresentam preços mais baixos para estúdios, com 652 euros, 695 euros e 725 euros, respectivamente.