Renda média sobe 48,7% em Dezembro face a 2021 e atinge o valor mais alto no ano
Lisboa ultrapassa pela primeira vez os dois mil euros de renda média, em Dezembro. Porto, Évora, Setúbal e Madeira seguem-se como os distritos mais caros. Évora regista o maior aumento da renda (+127%) face ao ano passado, indica o Imovirtual.
Segundo o portal, o valor médio dos imóveis para arrendar sobe +15,6% de Novembro para Dezembro, fixando-se agora em 1.585 euros (o valor mais elevado do ano 2022). Em relação ao ano anterior, quando a renda média se fixava nos 1.066 euros, há um aumento de +48,7% (519 euros mais cara).
Viseu (+25,2%), Guarda (+24%) e Bragança (+23,7%) são os distritos com maior aumento da renda média dezembro, face ao mês anterior, com os valores a subirem para 865 euros, 538 euros, 787 euros, respectivamente.
Em contrapartida, Portalegre regista a maior descida da renda média em dezembro (-14,4%), comparativamente com novembro, fixando-se em 351 euros. Além de Portalegre, a renda apenas desceu em Beja (-2,8%) e na Madeira (-1,5%).
Comparativamente com Dezembro do ano passado, arrendar casa ficou mais caro em praticamente todos os distritos, especialmente Évora, com uma subida de 127,3% que aumentou a renda de 596 euros para 1.355 euros. Segue-se Bragança, com um aumento de +80% da renda, que passa de 437 euros para 787 euros, e Lisboa (+71,9%), onde a renda média já ultrapassa os dois mil euros (2.281 euros).
Em relação ao período homólogo, Dezembro apenas regista uma diminuição do preço médio de arrendamento em Portalegre (-4,1%).
Portalegre (351 euros), Beja (526 euros), Guarda (538 euros) e Vila Real (556%) são os distritos mais baratos para arrendar em Dezembro. Lisboa é o mais caro (2.281 euros), seguindo-se Porto (1.412 euros), Évora (1.355 euros), Setúbal (1.250 euros) e Madeira (1.133 euros).
O preço médio de venda anunciado manteve-se relativamente estável em Dezembro (+1,3%), face a Novembro, passando de 407.076 euros para 412-469 euros. Em comparação com o período homólogo de 2021, que registava um valor médio de venda de 372.017 euros, há um aumento de +10,9%, com as casas a ficar cerca de 40 mil euros mais caras.
Os distritos com o maior aumento do preço médio de venda em Dezembro, face a Novembro, foram Beja (+4%, subindo para 156.397 euros) e Évora (+3%, subindo para 278.842 euros).
Por outro lado, Guarda (-9,4%) regista o decréscimo mais significativo, com decréscimos também em Portalegre (-1%), Vila Real (-1%) e Bragança (-0,2%).
Em relação ao mesmo mês de 2021, os distritos que registaram um maior aumento no preço das casas em Dezembro foram, novamente, a Região Autónoma da Madeira (+22,4%, de 388.612 euros para 475.720 euros), Setúbal (+21,2%, de 321.091 euros para 389.263 euros) e Santarém (+19,3%, de 171.393 euros para 204.476 euros).
Bragança (-30,2%) e Portalegre (-9,2%) são os únicos distritos que, face a Dezembro do ano passado, registam uma quebra do preço médio de venda.
Portalegre (114.337 euros), Guarda (119.144 euros) e Castelo Branco (127.942 euros) mantiveram-se os distritos mais baratos para comprar casa em Dezembro. Os mais caros foram Lisboa (644.508 euros), Faro (586.818 euros) e Região Autónoma da Madeira (475.720 euros).
“Continuamos a ver um aumento progressivo das rendas, que em dezembro atingem os valores médios mais elevados do ano. Lisboa, pela primeira vez, ultrapassa uma renda média de dois mil euros mensais. A grande pressão que se tem vindo a sentir no mercado de compra e venda de imobiliário acaba por aumentar a procura pela alternativa do arrendamento. Com a mesma oferta, o mercado acaba por adaptar-se com a subida das rendas”, pondera Diogo Lopes, Marketing Manager do Imovirtual.