Procura de escritórios na Europa está 9% acima da média
De acordo com a última análise da Savills, tendo em conta a média do ano até à data (YTD), a ocupação dos espaços de escritórios europeus está 9% acima da média de cinco anos entre os primeiros e terceiros trimestres, após uma primeira metade do ano que registou uma forte de actividade e um terceiro trimestre resiliente.
A ocupação de escritórios europeus atingiu 2.1m m2 durante o último trimestre, valor em linha com a média de cinco anos do terceiro trimestre, refere a consultora imobiliária internacional. Entre os mercados com melhor desempenho encontram-se Lisboa (+111% em comparação com a média de cinco anos de YTD), Colónia (+41%) e Praga (+30%).
Segundo Mike Barnes, Associate Director, Commercial Research, Savills, "as taxas médias de disponibilidade nos escritórios europeus aumentaram de 7,3% para 7,5% durante o terceiro trimestre de 2022, mas as taxas de disponibilidade nos mercados centrais permanecem, geralmente, abaixo dos 5%, incluindo a zona CDB de Paris, Berlim e Colónia".
“A renda média dos escritórios prime europeus aumentou 5,5% na sequência de uma escassez de stock de qualidade disponível nos mercados core e esperamos um maior crescimento das rendas até 2023 à medida que os ocupantes competem pelo melhor espaço".
Christina Sigliano, EMEA Head of Occupier Services, Savills, afirma: "dada a procura contínua de espaço de escritório prime nas zonas CBD, esperamos um trimestre final com muitos negócios e prevemos que a ocupação total para 2022 atinja cerca de 9.0m m², com um fluxo constante de negócios para 2023".
"O sentimento dos promotores permanece cauteloso à medida que nos aproximamos de 2023, resultando em atrasos no início da construção. Desta forma, os ocupantes que procuram espaço de alta qualidade em 2025/26 acabarão por ter de iniciar a sua pesquisa mais cedo".
Para Alexandra Portugal Gomes, Head of Research & Communications da Savills Portugal, ”2022 ficará marcado por um elevado volume de ocupação que atingirá um valor recorde, muito impulsionado pelo fecho de operações de pré-arrendamento e owner-occupier, que provam a corrida competitiva que existe atualmente pelos melhores espaços que são ainda escassos. A renda prime situou-se em 26 euros/m2/mês, confirmando a sua consistente trajetória ascendente, acompanhando a entrada de novos projetos de elevada qualidade e a procura quente“.