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Entrevistas

Pedro Fontainhas, director executivo Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts

Portugal continua a atrair investidores estrangeiros

30 de janeiro de 2024

Pedro Fontainhas, Director Executivo da Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts - APR, garante que o turismo residencial em Portugal deverá continuar a beneficiar da procura consistente por parte de investidores estrangeiros e de compradores em busca de segundas residências ou de oportunidades de investimento.

Admite ainda que o país atrai uma vasta gama de investidores, tanto nacionais como internacionais, e a procura deve prosseguir, abrangendo desde o segmento de luxo até opções mais acessíveis e não é só Lisboa, Porto e o Algarve, regiões como o interior e o Norte vão ganhar destaque.

O que se pode esperar para o mercado imobiliário em 2024?

Em 2024, antecipa-se que o mercado imobiliário europeu comece a estabilizar, com investidores a adaptarem-se a um ambiente macrofinanceiro mais previsível. Contudo, é crucial reconhecer os desafios recentes, em particular o aumento das taxas de juro, que repercutiram negativamente nos investimentos e nos valores dos activos imobiliários. Em Portugal, a atração de uma vasta gama de investidores, tanto nacionais como internacionais, deve prosseguir, abrangendo desde o segmento de luxo até opções mais acessíveis. Espera-se que, para além das áreas tradicionalmente procuradas como Lisboa, Porto e o Algarve, regiões como o interior e o Norte ganhem destaque, oferecendo oportunidades de valorização atraentes.

Quais as tendências para este ano que podem dinamizar a construção e o imobiliário?

O ano de 2024 promete ser inovador para o sector imobiliário e da construção em Portugal, impulsionado pela procura por designs criativos e espaços que aliam funcionalidade a tecnologia avançada. Os consumidores querem cada vez mais residências que incorporam soluções energéticas eficientes e contribuem para o bem-estar. Além disso, a sustentabilidade e a eficiência energética são cada vez mais determinantes nas decisões de compra, com especial atenção a elementos como painéis solares e isolamento térmico. A implementação do programa Simplex é outro motor de mudança, prometendo acelerar o licenciamento e a chegada ao mercado de novas construções.

E as maiores dificuldades que o mercado pode enfrentar?

Em 2024, o mercado imobiliário pode se deparar com obstáculos consideráveis. A escassez de oferta imobiliária poderá persistir, exacerbando a crise habitacional e pressionando os preços para cima. A instabilidade política, sempre uma variável incerta, poderá criar um ambiente de hesitação no sector, afectando o desenvolvimento de novos projectos e a confiança dos investidores. O aumento das taxas de juro representa um desafio adicional, elevando os custos de financiamento e podendo desencorajar compradores e investidores. Por último, um acesso mais restrito ao crédito poderia alongar os ciclos de transacção imobiliária, impactando negativamente a capacidade de compra e a dinâmica do mercado.

Quais as perspectivas para o turismo residencial para 2024?

O turismo residencial em Portugal deverá continuar a beneficiar da procura consistente por parte de investidores estrangeiros e de compradores em busca de segundas residências ou de oportunidades de investimento. Em 2024, esta procura resiliente é vista como uma janela de oportunidade para impulsionar os resorts e desenvolvimentos turísticos, reforçando o posicionamento de Portugal como um destino de eleição para o turismo residencial.

https://www.diarioimobiliario.pt/Perspectiva-se-um-2024-em-duas-velocidades-para-o-sector-imobiliario