Porto-Lisboa em 01h15: Alta Velocidade arranca (finalmente) hoje!
O concurso para a construção do primeiro troço da linha ferroviária de alta velocidade Porto-Lisboa é lançado hoje, numa cerimónia que contará com a presença do primeiro-ministro, António Costa.
Na terça-feira, António Costa salientou que a abertura deste concurso público ainda esta semana permitiria a Portugal ter acesso aos 729 milhões de euros que estão reservados em Bruxelas exclusivamente para esta obra.
Esta semana, a Assembleia da República aprovou uma recomendação do PS ao Governo para que lançasse o concurso para o primeiro troço da linha de alta velocidade Porto-Lisboa até final de Janeiro, apenas com a abstenção do Chega.
António Costa assinalou o "dia histórico" da aprovação pelos partidos do lançamento da alta velocidade ferroviária e saudou a "maturidade democrática" do processo parlamentar.
Apresentado publicamente, pela primeira vez, em Setembro de 2022 na estação de Campanhã, no Porto, pelo primeiro-ministro e pelo então ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, o projecto promete ligar Porto e Lisboa em 01:15 horas (ver vídeo AQUI).
O projecto está dividido em três fases: troço Porto - Soure (distrito de Coimbra), Soure - Carregado (concelho de Alenquer, distrito de Lisboa) e Carregado - Lisboa.
A primeira fase foi ainda subdividida em dois lotes, o primeiro dos quais correspondendo a Porto - Oiã, no distrito de Aveiro, num traçado de cerca de 70 quilómetros numa linha preparada para os 300 km/hora.
No total, estima-se que o projecto Porto - Lisboa tenha um custo de 4,5 mil milhões de euros.
O projecto da nova Linha de Alta Velocidade Porto-Lisboa irá permitir alcançar muitos benefícios, na opinião dos responsáveis da IP, desde logo o “aumento generalizado da capacidade ferroviária; alibertação de capacidade na Linha do Norte, beneficiando os serviços suburbanos, regionais e de mercadorias; a acessibilidade e conectividade alargada e, naturalmente, a redução generalizada dos tempos de percurso ferroviários. Importante será também a “transferência modal dos modos aéreo e rodoviário para o ferroviário, contribuindo para uma distribuição modal mais equilibrada e sustentável e a consequente descarbonização do sector dos transportes.
DI/Lusa