O preço da habitação supera níveis da bolha em seis regiões de Espanha

O preço da habitação em Espanha continua a escalar e já ultrapassou os máximos históricos da bolha imobiliária de 2007 em seis comunidades autónomas: Andaluzia, Baleares, Canárias, Comunidade Valenciana, País Basco e Madrid, segundo dados de Julho do portal Idealista.

O valor médio nacional no país vizinho atingiu 2.471 €/m², mais 14,7% do que há um ano e 43,7% acima do registado em 2020. Baleares lidera com 5.025 €/m² (+13% em um ano), seguida da região de Madrid, onde o metro quadrado custa 4.359 € (+24,4%), chegando a 5.718 € na capital. Também País Basco (3.263 €/m²) e Canárias (3.090 €/m²) registam subidas expressivas.

Noutras regiões, como Catalunha, os preços continuam abaixo do pico de 2007, mas sobem de forma constante. Já comunidades mais baratas, como Castilla-La Mancha ou Extremadura, permanecem bem abaixo dos máximos, embora também em trajectória ascendente.

"Mais de sete em cada dez jovens... continuam a residir em casa dos pais!"

A escalada dos preços torna a compra de casa cada vez mais difícil para os jovens. Segundo o Conselho da Juventude de Espanha, um trabalhador jovem teria de dedicar em exclusivo 14 anos de salário para comprar uma habitação. Para conseguir pagar uma entrada de 59 mil euros, um jovem assalariado teria de destinar o seu rendimento durante quatro anos. O relatório mostra ainda que 57,9% dos jovens emancipados vivem em casas arrendadas e que mais de sete em cada dez continuam a residir no agregado familiar.

Perante esta situação, o PP defende medidas urgentes para aumentar a oferta de habitação, propondo a construção adicional de 100 a 150 mil casas por ano, em contraponto à lei do solo promovida pelo Governo de Pedro Sánchez.