Mercado imobiliário mantém resultados positivos à excepção das Obras Públicas

De acordo com a Conjuntura da Construção de Outubro da AICCOPN, os principais indicadores relativos à actividade do sector, mostram uma evolução globalmente positiva, apesar dos constrangimentos associados ao aumento dos preços das matérias primas, energia e materiais de construção.

Na análise, a associação avança ainda que a estimativa rápida do Produto Interno Bruto recentemente divulgada, relativa ao 3º trimestre de 2022, aponta para um crescimento de 4,9%, em termos homólogos, e de 0,4% face ao trimestre anterior, reflectindo um contexto de abrandamento do consumo privado e do investimento e de aceleração dos preços no consumidor.

Mas com a performance do sector a manter-se positiva, verifica-se que o consumo de cimento no mercado nacional atingiu 2.922 milhares de toneladas até ao final do mês de Setembro de 2022, o que corresponde a um aumento de 1,9%, face a igual período do ano anterior.

No que concerne ao licenciamento municipal, nos primeiros oito meses de 2022, verifica-se também uma evolução positiva. Nos edifícios não residenciais, apura-se um aumento de 6,4% da área licenciada, em termos homólogos desde o início do ano. Quanto aos edifícios habitacionais, observa-se um aumento de 1,6% do número de fogos licenciados em construções novas, para um total de 20.258 alojamentos e uma estabilização ao nível da área licenciada, com uma variação de apenas -0,1%, em termos homólogos acumulados. Relativamente aos custos de construção de habitação nova, no mês de agosto de 2022, o respetivo índice aumentou 12,6%, em termos homólogos, em resultado de variações de 16,6% no índice relativo à componente de materiais, e de 6,9% no índice relativo à componente de mão de obra.

O montante de novo crédito à habitação concedido pelas instituições financeiras totaliza 10,9 mil milhões de euros até ao final de Agosto de 2022, o que traduz um aumento de 11,4% face ao montante registado no período homólogo do ano transacto.

No mercado das obras públicas não se registam alterações significativas, mantendo-se os registos de queda nos concursos e nos contratos de empreitadas celebrados. Até ao final do 3.º trimestre, o volume de concursos de empreitadas de obras públicas promovidas apresenta uma redução de 15,9% em termos homólogos e o volume de contratos celebrados e registados no Portal Base regista uma variação homóloga temporalmente comparável de -36,5%2.