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Quarto - Freepik

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Mercado de quartos dispara em Portugal no arranque da época académica

20 de agosto de 2025

Segundo um estudo do Imovirtual, o valor médio de arrendamento de um quarto caiu 10%, passando de 500 euros para 450 euros em apenas um ano.

O portal imobiliário indica que esta descida ocorre apesar de, no mesmo período, ter havido um forte aumento no número de anúncios publicados no portal, que quase duplicou a nível nacional (+88%). Entre as regiões com maior crescimento de oferta destacam-se Coimbra (+383%), Porto (+218%), Cascais (+136%) e Oeiras (+160%).

No Centro, Coimbra destaca-se como a cidade com maior variação na oferta, passando de 89 anúncios em Julho de 2024 para 430 em Julho de 2025, um crescimento de +383%. O preço médio subiu de 320 euros para 400 euros (+25%), sendo o único distrito a registar aumento nos preços médios.

No Norte, o Porto registou um aumento de +218% no número de anúncios, passando de 334 para 1.063, ao mesmo tempo que o preço médio desceu de 490€ para 450€ (-8% face ao mesmo período do ano passado). Braga também apresentou um crescimento significativo na oferta (+105%), com valores praticamente estáveis, passando de 365 euros para 355 euros (-3%).

Na Área Metropolitana de Lisboa, Lisboa contabilizou 4.243 anúncios em Julho de 2025, mais +61% que em julho de 2024, mantendo o preço médio nos 450€. Cascais e Oeiras registaram aumentos na oferta de +137% e +160%, respectivamente, acompanhados por descidas nos preços médios de 600€ para 550€ (-8%). Almada segue esta tendência, com +125% na oferta e uma quebra de 525 euros para 450 euros (-14%).

As periferias de Lisboa afirmam-se como alternativas próximas da capital, combinando maior disponibilidade de oferta e acessos diretos à cidade. A Amadora, por exemplo, aumentou a oferta de 72 para 105 anúncios (+46%), mas, em contrapartida, reduziu o preço médio de 500 euros para 450 euros, alinhando-se assim com o valor médio da cidade de Lisboa. Já Sintra registou uma subida de +28% na oferta, passando de 75 para 96 anúncios, mantendo o preço médio nos 550 euros. Estes dados reforçam o papel destas zonas como opções relevantes fora do centro da capital, mas ainda com ligação privilegiada.

Tendo em conta os dados, é possível verificar um possível abrandamento na pressão sobre os valores de arrendamento neste segmento, mesmo num período marcado por forte procura.