
Mercado de escritórios de Lisboa apresentou o melhor 2º trimestre dos últimos 5 anos
O mercado de escritórios de Lisboa apresentou o melhor 2º trimestre dos últimos cinco anos, em termos de absorção de espaço de escritórios, com um take-up cifrado em 67.806 m2, revela a Savills.
A consultora imobiliária destaca que cerca de 50% da área negociada neste segundo trimestre corresponde a uma única operação: o Projecto Entrecampos 1, com uma área de 32.000 m2, que será integralmente ocupado pelo Banco de Portugal. Este negócio teve um impacto significativo na performance global do mercado, influenciando os indicadores e destacando a relevância dos grandes projectos na dinâmica do sector.
Ainda assim, o mercado de escritórios de Lisboa encerrou o primeiro semestre de 2025 com um volume total de take-up estimado de aproximadamente 84.000 m2, reflectindo uma retração de 34% face ao período homólogo de 2024. Esta quebra resulta, em grande parte, de um início de ano particularmente tímido, em que apenas se registaram cerca de 16.029 m2 ocupados durante o primeiro trimestre.
No total, foram concluídas 70 operações de arrendamento ao longo dos primeiros seis meses do ano, o que representa uma descida de 12% face ao mesmo período de 2024. Dessas, 16 corresponderam a áreas superiores a 1.000 m2, tendo sido protagonizadas maioritariamente por empresas internacionais, o que atesta a contínua atractividade da cidade para players globais.
No que respeita à performance por zona de mercado, excluindo o impacto do projecto do Banco de Portugal na Zona CBD (Zona 2), as áreas que registaram melhores resultados foram o Corredor Oeste (Zona 6), com 16.696 m2 e a zona do Parque das Nações (Zona 5), com 10.361 m2 de take-up. Comparativamente ao mesmo período do ano anterior, observa-se uma diminuição significativa do volume de absorção em quase todas as zonas, com exceção da CBD (Zona 2) e da Zona Histórica & Ribeirinha (Zona 4), que mantiveram uma estabilidade relativa.
“O desempenho do mercado de escritórios de Lisboa no segundo trimestre de 2025 demonstra que, apesar de um arranque de ano mais contido, existe uma procura sólida por projetos de grande dimensão e qualidade. O impacto do negócio do Banco de Portugal comprova a relevância de novos projetos, bem localizados e com especificações técnicas elevadas. Este desempenho permite encarar a segunda metade do ano com optimismo, confirmando Lisboa como um destino competitivo e resiliente no panorama europeu”, revela Frederico Leitão de Sousa, Head of Offices da Savills Portugal.