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Licenças para construção nova de edifícios para habitação caem 9,4% em 2023 – INE

18 de julho de 2024

O número de edifícios licenciados para construções novas para habitação totalizaram 14.042 em 2023, o que representa uma diminuição de 9,4% face a 2022, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), hoje divulgados.

A autoridade estatística concluiu que, no ano passado, foram licenciados 23.439 edifícios no país, o que representa uma redução de 6,1% em relação ao ano anterior (tinha diminuído 4,4% em 2022).

Do total dos edifícios licenciados, 59,9% corresponderam a edifícios em construções novas para habitação familiar, registando uma redução de 2,2 pontos percentuais em comparação com o ano anterior (62,1%).

Os edifícios licenciados para construção nova mantiveram-se predominantes em 2023, representando 74,1% do total das licenças, que compara com um peso de 76,2% em 2022.

Já as obras de demolição corresponderam a 5,7% das obras licenciadas em 2023 (5,6% em 2022).

O INE estima que tenham sido concluídos 17.266 edifícios no ano passado, o que representa um crescimento de 1,1% em relação a 2022 (tinha aumentado 3% em 2022, com 17.071 edifícios).

As obras concluídas em construções novas para habitação familiar representaram 64,6% dos edifícios concluídos, correspondendo a uma subida de 3,1 pontos percentuais face ao ano anterior.

Naquele período, foram licenciados 4.750 edifícios para obras de reabilitação, reflectindo um aumento de 5% em relação ao ano anterior (tinha diminuído 9,2% em 2022, com 4.524 edifícios).

Em 2023, verificou-se uma descida de 9,1% no total de obras de reabilitação concluídas em comparação com o ano anterior, totalizando 3.045 edifícios (-8,1% em 2022, correspondendo a 3.312 edifícios concluídos).

O número de fogos licenciados em Portugal, em 2023, totalizou 39.096, o que representa um aumento de 3,1% face ao ano anterior (37.930 fogos em 2022, correspondendo a um decréscimo de 0,8%).

Dos fogos licenciados no ano passado, 32.519 eram construções novas para habitação familiar, o que representa um aumento de 6% em relação ao ano anterior (30.669 fogos em 2022, com um crescimento de 2,8%).

No ano passado, o INE estima que tenham sido concluídos 27.248 fogos no país, representando uma subida de 9,2% face ao ano anterior (+5,4% em 2022; 24.956 fogos).

Já nas construções novas para habitação familiar, o número de fogos totalizou 23.652, com um crescimento anual de 12,8% (20.965 fogos em 2022, com um aumento de 7,5%).


2023: 136 499 alojamentos transaccionados

Em 2023, segundo o INE, foram transaccionados 136.499 alojamentos, numa redução de 18,7% relativamente a 2022, o registo mais baixo desde 2017. O valor das habitações transaccionadas fixou-se em 28 mil milhões de euros, uma redução de 11,9% relativamente ao ano anterior. No mesmo ano foram realizadas aproximadamente 106.300 avaliações bancárias efectuadas por peritos ao serviço das instituições bancárias no âmbito da concessão de crédito à habitação, uma redução de 11,3% face a 2022.

O preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.611 €/ m2, um aumento de 8,6% relativamente ao ano anterior. O preço mediano da habitação manteve-se acima do valor nacional nas sub-regiões da Grande Lisboa (2.740 €/ m2), Algarve (2.613 €/ m2), Península de Setúbal (1.901 €/ m2), Região Autónoma da Madeira (1.889 €/ m2) e Área Metropolitana do Porto (1.800 €/ m2).

A renda mediana dos 94.617 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares em Portugal atingiu 7,21 €/ m2, tendo aumentado 10,6% em relação ao período homólogo. Também se verificou um aumento de 2,1% no número de novos contratos celebrados relativamente ao ano anterior.