Fundo 'Coimbra Viva' quer começar obras de residência de estudantes até Outubro
O fundo imobiliário Coimbra Viva, que tem participação do município, prevê avançar com as obras de uma residência de estudantes na Baixa até Outubro, afirmou hoje a sociedade privada FundBox, que gere o fundo.
“É nossa expectativa que o contrato de empreitada seja celebrado ainda em Setembro e que a consignação da empreitada ocorra entre Setembro e Outubro deste ano”, afirmou a FundBox, em resposta escrita à Lusa, referindo que está, de momento, a decorrer o processo de consulta a empreiteiros, para apresentação de propostas.
Em Abril, a Câmara de Coimbra subscreveu uma operação de aumento de capital daquele fundo imobiliário, no valor de 2,8 milhões de euros, para permitir ao Coimbra Viva avançar com a construção da residência de estudantes, que se situará no designado quarteirão da Nogueira, entre a rua da Nogueira e a rua Pedro Olaio.
Com projecto já previamente aprovado, a FundBox espera que a obra termine no primeiro semestre de 2026 e que a operação possa arrancar a tempo do início do ano lectivo 2026/2027, referiu a sociedade.
Segundo a empresa, o Coimbra Viva irá investir 4,5 milhões de euros na construção da residência, dos quais um milhão de euros será com “recurso a financiamento bancário”.
Com uma área total de construção de cerca de 2.700 metros quadrados, a residência terá 62 estúdios - 36 individuais, 25 duplos e um para pessoas com mobilidade condicionada -, contando também com áreas de convívio e lazer, área de estudo, lavandaria, recepção e área administrativa, área de apoio ao ‘staff’ e áreas técnicas. Para além das respectivas áreas de apoio, o projecto inclui ainda três espaços comerciais.
Questionada pela agência Lusa sobre qual a estimativa de preços para cada um dos estúdios, a sociedade disse que será “prematuro avançar com estimativa de preços” numa altura em que a construção ainda não se iniciou.
Aquando do aumento de capital do Coimbra Viva, a vereadora com o pelouro do urbanismo, Ana Bastos, informou que o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), que também participa no fundo, não subscreveu o aumento de capital, passando o município a deter 72,58% do fundo.
O aumento de capital foi desbloqueado depois de, em Janeiro, ter sido viabilizada a contração de um empréstimo por parte do município para esse fim.
Em Junho de 2023, a sociedade gestora do fundo tinha referido que o fundo contava com 27 imóveis em carteira à data.
O fundo, criado em 2011 para actuar numa zona delimitada da Baixa da cidade, tem como participantes institucionais a Câmara de Coimbra e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e é gerido pela sociedade privada FundBox, permitindo também a participação de investidores privados e detentores de imóveis.
Lusa/DI