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Câmara de Lisboa quer converter edifício panorâmico de Monsanto em equipamento municipal

Montagem Foto de João Brito Geraldes Arquivo Municipal e DI

Câmara de Lisboa quer converter edifício panorâmico de Monsanto em equipamento municipal

Foto de Vítor Oliveira Wikimedia

Câmara de Lisboa quer converter edifício panorâmico de Monsanto em equipamento municipal

17 de janeiro de 2024

A Câmara de Lisboa está a estudar a reconversão do edifício panorâmico de Monsanto num novo equipamento municipal, com instalações para uma concessão ligada ao ambiente e ecologia, uma vez que o custo de reabilitação é “muito elevado”.

“O estudo de viabilidade económica dessa intervenção de reabilitação individualizou os custos de reforço e consolidação estrutural, orçados em cerca de 10 milhões de euros, e os custos de uma operação de reabilitação total, acrescendo-se para tal os custos de intervenção ao nível da arquitectura, orçada em 13 milhões de euros”, indicou o vereador da Estrutura Verde na Câmara de Lisboa, Ângelo Pereira (PSD).

O autarca falava na reunião na Assembleia Municipal de Lisboa (AML), num período dedicado a perguntas à câmara, em que foi questionado pela deputada do PEV Cláudia Madeira sobre o estudo para a reabilitação do edifício panorâmico de Monsanto.


Foto de Vítor Oliveira em Wikimedia


Localizado no parque florestal de Monsanto, o edifício panorâmico tem uma vista de 360º sobre a cidade, num edifício de sete mil metros quadrados. Foi construído entre 1964 e 1967 e inaugurado em 1968, é da autoria do arquitecto Chaves da Costa, com painéis cerâmicos de Manuela Madureira. O edifício já teve vários usos, inclusive foi um restaurante, foi deixado ao abandono durante alguns anos e em 2017 abriu ao público como miradouro, estando desde julho de 2023 encerrado por questões de segurança.

“Têm vindo a ser desenvolvidos vários estudos na perspectiva da sua reconversão e reabilitação para ser utilizado como um novo equipamento municipal, com instalações para que possa vir também a ser lançada uma concessão ligado ao ambiente, ecologia e sustentabilidade, visto o custo estimado para a sua reabilitação ser muito elevado”, declarou Ângelo Pereira.

Entre os estudos realizados está o da segurança da construção para aferir a viabilidade estrutural do edifício existente, em que “essa viabilidade foi confirmada, havendo a necessidade do reforço estrutural em alguns pontos e renovação total em outros elementos, nomeadamente a pala de cobertura sobre o antigo restaurante”, apontou o vereador.

Sobre a ocupação para reconversão do edifício para uso municipal, está a ser estudada a possibilidade de centralizar os vários serviços dispersos da Direcção Municipal de Espaços Verdes, Clima e Energia, em que se inclui a possível construção de um auditório municipal, com a capacidade para 380 pessoas, e uma sala polivalente, com cerca de 360 metros quadrados, para albergar iniciativas diversas, adiantou o autarca.


Lisboa em 360º Foto de Vítor Oliveira em Wikimedia


O responsável pelo pelouro da Estrutura Verde adiantou que se prevê a autosuficiência energética do edifício e a reutilização da água da chuva para usos compatíveis, nomeadamente rega e sanitários.

“Esse estudo também inclui a manutenção da abertura ao público do miradouro do topo do edifício, através do controlo de acessos e horários”, revelou o Ângelo Pereira.

Em avaliação está também o desenvolvimento de “uma concessão ligada ao ambiente e ecologia, num contexto total ou parcial do edifício, tomando a sua inegável valência ambiental, quer pela localização no Parque Florestal de Monsanto, quer pela vista privilegiada que este equipamento tem pela cidade”, acrescentou.

Seja qual for a decisão sobre o futuro uso do edifício panorâmico de Monsanto, a reabilitação do imóvel irá implicar uma intervenção nas infraestruturas viárias de acessos, uma vez que as existentes não comportam o expectável aumento de tráfego automóvel, adiantou o vereador.

Questionado pelo deputado do PS Ricardo Marques sobre a necessidade de um plano de recuperação dos caminhos e mobiliário urbano no parque florestal de Monsanto, Ângelo Pereira disse que está a ser preparado um conjunto de projectos, que serão anunciados em breve, uma vez que este ano “Monsanto vai fazer 90 anos”.

Lusa/DI