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Imagem cortesia Astilleros Godán

Até ao final do ano: Transtejo absorve Soflusa e primeiro navio eléctrico estará em funcionamento

26 de outubro de 2023

O ministro do Ambiente e da Acção Climática, Duarte Cordeiro, anunciou a fusão, até final do ano, das empresas Transtejo e Soflusa, que asseguram o transporte fluvial entre Lisboa e a margem sul.

“Estou hoje em condições de garantir, perante esta comissão, que até ao final do ano procederemos à dissolução da Soflusa, passando a Transtejo a incorporar os activos e passivos da empresa e os seus trabalhadores. É a prometida fusão”, disse o ministro.

Duarte Cordeiro falava ontem numa audição parlamentar na comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito de requerimentos apresentados pelo PCP, PSD, PS, BE e IL sobre “a aquisição de navios eléctricos e de baterias pela Transtejo". "Tratava-se de uma divisão que não fazia sentido", disse.


Imagem cortesia Astilleros Godán


A fusão das duas empresas, assegura o governante, permitirá a harmonização de condições para os trabalhadores e uma maior flexibilidade de gestão, quer ao nível dos recursos humanos, quer ao nível dos equipamentos.

Duarte Cordeiro adiantou que em termos técnicos não se trata de uma fusão, mas de um dissolução com integração noutra empresa, salvaguardando todas as preocupações laborais dos trabalhadores.

Quanto ao quadro de pessoal das duas empresas, Duarte Cordeiro explicou que, no final deste ano, os recursos humanos contarão com 461 efectivos, mais 5% do que no final do ano passado.


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Recuperar o tempo perdido com o «imbróglio» das baterias...

Duarte Cordeiro revelou também que ainda em 2023 entrará em serviço o primeiro navio eléctrico movido a baterias no rio Tejo, entregue em Março de 2023 e que já esteve em fase de testes. No total serão 10 novos navios eléctricos, as respectivas baterias elétricas e postos de carregamento, num investimento que ascenderá a 96 milhões euros, a que se somam ainda mais 28 milhões de manutenção.

"É desejável antecipar esta entrada em funcionamento, tendo em conta a grave falta de navios. A ideia de ter mais uma embarcação até ao final do ano é positiva", disse o ministro, acrescentando que há mais três navios eléctricos "na água", já prontos para realizar os testes necessários, enquanto "a construção do resto da frota continua a bom ritmo".

Com estes dados, Duarte Cordeiro espera "antecipar" também a entrada em operação dos primeiros quatro navios eléctricos nas travessias fluviais do Tejo para o final do primeiro semestre de 2024. Os navios serão distribuídos entre o Seixal, Montijo e Cacilhas. Depois disso, mais quatro navios serão adicionados até ao final do próximo ano e outros dois em 2025, ano que a frota ficará completa.