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Allianz Trade estima que PIB português avance 1,5% em 2026

14 de outubro de 2025

A Allianz Trade estima um crescimento de 1,5% do produto interno bruto (PIB) de Portugal, ligeiramente superior aos 1,3% estimados nas previsões divulgadas no 1.º trimestre, com o consumo privado a sustentar a evolução económica. Para o ano de 2026, os especialistas veem a economia a avançar igualmente 1,5%, com a procura interna a continuar a apoiar o desempenho do PIB.

As perspetivas para a economia portuguesa são mais otimistas do que para a Zona Euro. A área da moeda única deverá registar uma desaceleração do crescimento para 0,9% em 2026, face aos 1,2% previstos para 2025. A Allianz Trade acredita que o desempenho económico do próximo ano será apoiado por uma recuperação gradual da procura interna — especialmente na Alemanha, onde o estímulo orçamental deverá começar a surtir efeito.

Entre as principais economias do euro, destaque para a Alemanha, que enfrenta o seu terceiro ano consecutivo de estagnação económica, com o crescimento do PIB projectado em apenas 0,1% em 2025. No próximo ano, as perspectivas económicas apontam para uma recuperação modesta de 1,0% em 2026.

Ainda assim, os economistas da líder mundial em Seguro de Crédito alertam que a economia germânica tem alguma escassez de recursos e é fortemente dependente das exportações, pelo que, a Alemanha poderá continuar vulnerável à fragmentação global e ao aumento da concorrência internacional, sobretudo da China.  A França deverá registar uma subida do PIB de 0,7% em 2025 e 1% em 2026, graças à recuperação do ciclo do crédito, mas a instabilidade política representa um risco importante em sentido descendente, alertam os especialistas. A Espanha, um dos principais parceiros comerciais de Portugal, continua a superar a da Zona Euro, graças à sua estrutura orientada para os serviços e à exposição limitada ao comércio com os Estados Unidos da América (EUA), devendo crescer 2,6% em 2025 e 1,9% no próximo ano.

Economia mundial

A economia mundial deverá avançar 2,7% em 2025 e 2,5% em 2026. A principal economia do mundo, os EUA, devem registar um crescimento económico de 1,8% em 2025 e de 1,6% em 2026, com os especialistas da Allianz Trade a sustentarem que a incerteza política e o aumento das tarifas têm, até agora, limitado o investimento empresarial não relacionado com a IA. O consumo privado tem-se mantido resiliente neste ano de 2025, apesar da fraca confiança dos consumidores — impulsionado, porém, pelos agregados de rendimentos mais elevados, que beneficiaram de fortes ganhos patrimoniais. Contudo, à medida que o ano de 2026 se vai desenvolver, é expectável que o crescimento sequencial do PIB dos EUA abrande.

"A política de imigração restritiva está a limitar cada vez mais a oferta de mão-de-obra, enquanto as tarifas elevadas começarão a ser progressivamente repercutidas nos preços ao consumidor, pressionando o consumo das famílias", assumem os especialistas na análise "Economic Outlook 2025-27: 10 Top-of-Mind Questions, Answered". "Apesar disso, prevemos que a economia dos EUA evite uma recessão", rematam.

A China, a segunda maior economia do mundo, deverá crescer 4,8% em 2025 e 4,2% em 2026.

Inflação próxima do objectivo do BCE

A inflação na Zona Euro está próxima do objetivo de 2% do Banco Central Europeu (BCE). As estimativas dos analistas da Allianz Trade apontam para uma inflação de 2,1% neste ano de 2025 e de 1,9% em 2026.

Em Portugal, a inflação deverá ser de 2,4% e no próximo ano deverá ficar em torno dos 2%. Entre as principais economias do euro, a Alemanha deverá terminar o ano com uma taxa de 2,1% e, em 2026, 1,9%. Em França, as estimativas da Allianz Trade para a inflação são de 1% em 2025 e de 1,5% em 2026.