Município de Paris põe à venda imóveis com história
De acordo com estimativas da Câmara Municipal de Paris, a o município da cidade-luz possui quase 19.000 propriedades, das quais 514 fora do território municipal, localizadas em 27 departamentos de França. Tratam-se em muitos casos de imóveis doados ao município por morte dos proprietários, ou edifícios herdados da política social, muitos deles sanatórios, lares e antigos campos de férias.
A política da presidente da Mairie de Paris, a socialista Hanne Hidalgo, tem sido a de alienar alguns desses imóveis, muitos dos quais sem uso efectivo.
O mais recente exemplo é de uma mansão rural localizada em Ariège, no departamento de Occitânia, nos Pirinéus, cuja construção remonta ao séc. XVIII. O edifício, conhecido como “chateu de Nescus” remonta ao século XVIII e será leiloado em Setembro com o preço base de 90.000 euros. Um preço que poderá ser “aliciante” se se considerar que o imóvel possui 1.400 m2 de área construída e está inserido numa propriedade 22.600 m2. Se se tiver em conta o orçamento necessário à sua reabilitação para turismo de habitação ou hotel-boutique, o caso poderá mudar de figura...
O leilão do mosteiro e sanatório Chartreuse de Glandier
A propriedade é constituída por uma mansão-rural com torre e uma casa de caseiro.
A mansão possui no rés-do-chão, salas de estar, cozinhas, salas técnicas, escritórios e salas de jantar. Nos pisos superiores, quartos, dormitórios e casas-de-banho.
A casa adjacente do caseito tem no rés-do-chão, arrumação para 102 m² e lavandaria; e no 1.º andar, três quartos, uma cozinha, uma casa de banho e sanitários e sotão
A propriedade é parcialmente vedada e aavessada por um riacho.
O futuro comprador terá que fazer, naturalmente, obras de reabilitação. A mansão foi construída no séc. XVIII e reconstruída em 1918 devido a um incêndio.
O caso mais mediático de venda de imóveis com história, realizado pela Câmara de Paris, ocorreu em Outubro passado, com leilão do antigo mosteiro e sanatório Chartreuse de Glandier, em Corrèze. Colocado à venda pelo preço base de 750.000 euros, viria a ser arrematado por 3 milhões de euros por um produtor e comerciantes de vinhos de Bordéus.