Worx prevê a ocupação de 160 mil m2 de escritórios em 2024
“Em 2023, Portugal contabilizou próximo de 1.610 mil milhões de euros de investimento em imobiliário comercial, sinalizando uma quebra de 45% relativamente ao ano anterior” - a informação consta do WMarket 2023-2024, publicação anual que analisa os diferentes setores do imobiliário comercial em Portugal e perspectiva tendências para este ano da responsabilidade de empresa Worx Real Estate Consultants.
Seguindo a tendência europeia, o sector de escritórios foi dos mais penalizados (-69%), com um total de 177 milhões de euros investidos, o que representa o mais baixo valor de investimento no sector desde 2013.
Entre as principais operações de investimento realizadas em 2022 - refere o estudo - destacam-se a transacção do Castilho 20 entre fundos da Deka Immobilien por 30-35 M€, a venda do edifício Pier III ao BNP Paribas REIM pelo mesmo valor e ainda a aquisição do Malhoa 13 por um valor entre 15/16 M€.
Numa óptica da actividade de ocupação, o mercado de escritórios registou um volume total de 112.474 m² ocupados em Lisboa em 2023, reflectindo uma quebra de 59% face a 2022, um ano histórico em volume de procura.
Também em 2023, a conclusão de cinco edifício de escritórios representou um acréscimo de mais de 42.000 m2 do stock em Lisboa, o que traduz um valor muito inferior ao da nova oferta de 130.000 m² concluída em 2022.
Entre os edifícios concluídos no último ano, apenas dois dizem respeito a construção nova, K Tower e EXEO -Aura, ambos localizados na zona 5 (Parque das Nações). Esta nova oferta não resultou num aumento substancial da taxa de disponibilidade, uma vez que mais de metade da área total se encontrava previamente arrendada.
Para este ano, prevê-se a conclusão de 12 projectos que contabilizam cerca de 150.000 m², sendo que quase 60% desta área se encontra pré-arrendada. Entre os principais projectos em construção, destacam-se o Oriente Green Campus, a nova sede da Câmara Municipal de Oeiras e o EXEO – Echo.
Tendo em consideração a dimensão dos espaços que se encontram actualmente em negociação, prevê-se uma forte dinâmica no nível de ocupação de escritórios no início do ano, a qual deverá contribuir para um volume total anual na ordem dos 160 mil metros quadrados em 2024, em linha com a média dos últimos 10 anos.
Com dados alusivos ao mês de Janeiro, o mercado de escritórios em Lisboa observou uma dinâmica mais robusta neste início de 2024 do que no ano anterior, com uma absorção superior a 6.700 m². A Prime CBD (zona 1) e CBD (zona 2), em conjunto, agregaram 77% da área total colocada neste mês, o que corrobora uma maior apetência da procura por activos prime em localizações centrais e com instalações modernas, em detrimento de espaços de maiores dimensões em zonas periféricas - refere ainda a publicação da consultora Worx.