Turismo: crescimento de 20% a 30% em 2021 em relação a 2020 — são «as melhores estimativas»
A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, afirmou que as "melhores estimativas" para o turismo nacional até ao final de 2021 apontam para um "crescimento de 20 a 30%", em comparação com 2020.
Respondendo a uma questão sobre as estimativas para o turismo em Portugal em 2021, colocada durante um 'webinar' para jornalistas sobre o certificado verde digital, Rita Marques indicou que as "melhores estimativas [do Governo] estão em linha com as estimativas das organizações internacionais".
"A maioria das organizações internacionais diz que, se a vacinação continuar a desenvolver-se a uma rapidez razoável na Europa, provavelmente acabaremos o ano de 2021 com um crescimento de 20 a 30% quando comparado com 2020", assinalou.
Em relação ao livre-trânsito digital proposto pela Comissão Europeia, a secretária de Estado salientou que "podemos viajar hoje sem qualquer certificado".
Isto porque o objectivo do certificado "é apenas garantir que os países europeus harmonizam as suas estratégias, para que não haja quarentena ou tenha de ser feito algum teste", justificou.
Madeira é exemplo
Nesse sentido, a governante lembrou que "alguns Estados-membros já têm soluções tecnológicas que estão muito em linha com o certificado verde digital" e deu o exemplo da ilha da Madeira, em Portugal.
"Temos uma solução totalmente operável na Madeira. Se viajarmos até lá, pedem-nos para apresentar, previamente à viagem, um certificado a dizer que temos um teste negativo, que estamos imunes ou que fomos vacinados", afirmou.
Como "não podemos esperar que a documentação da Comissão esteja completa para começar a trabalhar, o que Portugal tem defendido é que cada Estado-membro deveria trabalhar imediatamente" para ter uma solução tecnológica alternativa enquanto a proposta da Comissão não estiver pronta, defendeu.
Assim que a regulamentação da Comissão Europeia "esteja pronta e for completamente conhecida", Rita Marques apela a que os Estados-membros "alinhem e adaptem o máximo possível" as soluções em curso nos seus países com os "propósitos propostos" por Bruxelas.
"Portanto, não podemos esperar por Junho. Precisamos de trabalhar o mais cedo possível", instou a responsável.
Lusa/DI