Logo Diário Imobiliário
CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
JPS Group 2024Porta da Frente
Actualidade
Terceira Travessia do Tejo tem apoio da maioria dos autarcas da Margem Sul

Perspectiva da futura ponte publicada no «Correio da Manhã»

Terceira Travessia do Tejo tem apoio da maioria dos autarcas da Margem Sul

16 de julho de 2025

O projecto da Terceira Travessia do Tejo (TTT), anunciado pelo Governo de Luís Montenegro a 14 de Maio, ganha apoios político e técnicos. A infraestrutura integra o plano da linha de Alta Velocidade Lisboa–Madrid e a futura ligação ao novo Aeroporto Internacional Luís de Camões, em Alcochete.

A proposta vai além da ponte rodoferroviária entre Chelas (Lisboa) e o Barreiro, incluindo também uma ligação rodoviária entre o Barreiro e o Seixal. Segundo o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, os estudos ambientais e técnicos deverão estar concluídos até ao primeiro trimestre de 2026.

A Câmara Municipal do Seixal acolheu com entusiasmo a decisão. “Foi sempre esta a solução que o Seixal defendeu”, afirmou o presidente Paulo Silva (PCP/PEV), sublinhando o envolvimento da autarquia nos grupos de trabalho para a nova travessia e a importância da futura ligação Seixal–Barreiro. O autarca destacou ainda o potencial da nova ponte para integrar o Metro Sul do Tejo, reforçando o transporte público na região.Recorde-se que actualmente este metro de superfície circula apenas entre Cacilhas, Monte da Caparica (Universidade) e Corroios, e anuncia-se agora a sua extensão para a Costa da Caparica e Trafaria. O projecto original do MST, formulado na década de 1990, previa uma rede em três etapas abrangendo Almada, Seixal e Barreiro. A 1.ª fase foi concluída, mas as extensões previstas ficaram por concretizar até hoje.




No Barreiro, o presidente da câmara, Frederico Rosa (PS), considerou o anúncio do Governo Montenegro  “uma vitória nacional e internacional”, apontando 2030 como possível horizonte para o início das obras.

Embora o projecto seja, em geral, bem acolhido pelos municípios da Margem Sul, a Ordem dos Arquitectos alertou para os possíveis impactos urbanísticos, sobretudo em Chelas e Barreiro, exigindo estudos detalhados sobre a integração urbana e viária da ponte.

A Terceira Travessia é vista como peça-chave para a coesão territorial e o desenvolvimento económico da região, mas especialistas e autarcas sublinham a importância de equilibrar os ganhos em mobilidade com os impactos ambientais e urbanos.