
Portugal bate novo recorde de consumo eléctrico
O consumo de electricidade no 1º semestre de 2025 atingiu um máximo histórico. Entre Janeiro e Junho, foram consumidos 26,23 TWh, ultrapassando o anterior máximo, registado em 2010.
De acordo com o Lisboa E-Nova, Agência de Energia e Ambiente e segundo o Copernicus Climate Change Service (C3S), o mês de Junho foi:
- O terceiro junho mais quente a nível global com uma temperatura média do ar de 16,46 °C, 0,47 °C acima da média de Junho de 1991-2020;
- 1,30°C acima da média estimada de 1850-1900, utilizada para definir o nível pré-industrial. Foi apenas o 3º mês nos últimos 24 cujo aumento da temperatura global esteve abaixo de 1,5ºC;
- Na Europa, a temperatura média em Junho de 2025 foi de 18,46 °C, 1,10 °C abaixo da média de Junho de 1991-2020;
- A Europa Ocidental registou o Junho mais quente de que há registo, com uma temperatura média de 20,49 °C, 2,81 °C acima da média de 1991-2020;
- Duas grandes ondas de calor em Junho e no início de Julho de 2025 afetaram grande parte do sul e ocidente da Europa, que registou temperaturas superiores a 38 °C, o que corresponde a um "stress térmico muito forte".
Em Portugal
Em Portugal, em Maio a temperatura média do ar foi de 17,3ºC (0,47ºC acima da média 1991-2020) e o total de precipitação foi de 42,3 mm (68% do valor médio 1991-2020).
No final de Junho, uma larga maioria (75%) das albufeiras apresentavam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total (apenas 1 albufeira abaixo de 40%). O armazenamento por bacia hidrográfica, no final de junho, apresenta-se superior à média de armazenamento do mês (1990/91 a 2023/24), excepto para as bacias do Mira e Ribeiras do Barlavento.
O consumo de energia eléctrica em junho atingiu 4,11 TWh, uma subida homóloga de 4,4% (3,2% com ctdu[1]). A produção renovável abasteceu 55% do consumo (hídrica: 16%; eólica: 17%; solar: 17%; biomassa: 5%), a produção não renovável 17% e o saldo importador 28%. De salientar que o consumo de electricidade no 1º semestre de 2025 atingiu um máximo histórico. Entre Janeiro e Junho, foram consumidos 26,23 TWh, ultrapassando o anterior máximo, registado em 2010.
O preço médio aritmético da electricidade produzida em Junho fixou-se em 74,17 €/MWh, muito acima (+188%) do preço de maio. Em termos homólogos, registou-se uma subida de 28% (em junho de 2024 o preço foi de 58,11 €/MWh).
No final de Junho, e apesar da tendência de descida, a cotação das licenças de emissão rondava os 70 €/t.