Sector das Viagens e Turismo de Portugal enfrenta défice de 85.000 postos de trabalho - diz relatório do WTTC
Uma nova análise da escassez de pessoal elaborada pelo World Travel & Tourism Council (WTTC), revelou um défice significativo de mão-de-obra em Portugal, com 85.000 postos de trabalho em todo o país previstos para o final deste ano.
Os números do WTTC, que representa o sector global privado de Viagens & Turismo, mostram pela primeira vez o impacto significativo que a escassez de pessoal poderá ter na recuperação económica global de Portugal.
O estudo foi elaborado pela Oxford Economics para o WTTC, e teve por objecto a escassez de pessoal em Portugal e noutros grandes mercados de viagens e turismo, incluindo os EUA, Espanha, Reino Unido, Itália e França, centrando-se no período entre Julho-Dezembro de 2021 e 2022.
Todos os países mostraram uma escassez significativa de pessoal, com a procura de emprego a começar a ultrapassar a oferta de mão-de-obra disponível.
À medida que as taxas de desemprego diminuem e a procura aumenta, as empresas de Viagens & Turismo têm-se esforçado por preencher as vagas de emprego disponíveis, e o relatório revela que o sector de Viagens & Turismo de Portugal constata que uma em cada seis vagas de emprego ficam por preencher.
92.000 pessoas do sector das Viagens & Turismo perderam o emprego em Portugal
Julia Simpson, Presidente e CEO do WTTC, afirma que "a recuperação económica de Portugal pode ser posta em risco se não tiver pessoas suficientes para preencher estes postos de trabalho à medida que os viajantes regressam”.
"Se não se conseguir preencher estas vagas, isso poderá ameaçar a sobrevivência das empresas de Viagens & Turismo em todo o país.
O governo português implementou um esquema de manutenção de postos de trabalho e ofereceu mais apoio financeiro e esquemas que pouparam empresas e postos de trabalho no país.
No entanto, apesar deste apoio tão necessário, 92.000 pessoas que trabalham directamente no sector das Viagens & Turismo português perderam o emprego no ano passado – diz a organização internacional.