Portugal como aposta no setor imobiliário de alta qualidade
O mercado residencial de luxo mostrou ser bastante resiliente num contexto de pandemia e continuou no pós pandemia e em ambiente de guerra na Europa, na realidade os dados mostram que o número de transações não sofreu perdas significativas quando comparado com o período pré pandemia e ainda verificámos em situações pontuais um aumento dos preços.
Por cá, temos vindo a ver na comunicação social notícias de figuras públicas internacionais a viver ou a querer comprar casa no nosso país, entende-se facilmente que Portugal está na mira dos compradores do segmento de luxo que pretendem comprar casa fora dos seus países de origem, é bem visível o crescimento deste segmento e a sua consolidação nos dias de hoje, Portugal está posicionado na lista dos melhores países para se investir e viver apontando-se como razões principais o preço da habitação do segmento que ainda não atingiu o nível de uma boa parte das grandes cidades que fazem parte da lista de escolha dos compradores deste segmento, esta razão bem como a segurança que o país oferece, alguns benefícios fiscais que o estado concede, as boas condições atmosféricas, a hospitalidade, a cozinha e ainda a geografia, esta ultima condição toma um peso cada vez maior dada a grande distância da zona de conflito na Europa.
Estes são alguns dos principais factores que pendem para o nosso lado no momento de decidir comprar contudo, e passando de uma perspectiva macro mundial para uma micro ao nível local, as zonas mais procuradas são as grandes cidades de Lisboa e Porto, a zona da Comporta – Melides e o Algarve havendo exigências associadas ao investimento neste tipo de activos: além da localização estratégica são igualmente factores importantes as áreas, os níveis de acabamentos, os serviços associados, a tecnologia, a sustentabilidade e a eficiência energética, contudo na conjugação destes factores verifica-se que Portugal não tem oferta suficiente para fazer face à procura existente, tal situação levará a um continuado aumento dos preços deste segmento ajustando-se cada vez mais aos níveis dos principais concorrentes europeus.
A procura por activos deste segmento não se limita a não portugueses pois estes últimos estão cada vez mais a comprar no segmento alto e muito alto consequência não só das taxas de juro baixas que se verificavam até ao momento como também a boa perspectiva de valorização que estes activos terão nos próximos tempos.
Miguel Cabrita Matias
Board Member of Mexto Property Investment