Paris, continua a ser a mais procurada pelos supermilionários - diz estudo da BARNES Internacional
Paris, a monumental Paris, continua a ser a cidade mais procurada do turismo mundial, conforme o mais recente ranking do euromonitor international. E também a cidade predilecta dos super-ricos, aqueles cujos activos excedem os 30 milhões de dólares, (27 M€), e que são pouco menos de 400.000 em todo o mundo. Lisboa por, exemplo, segundo o TOP30 City Destinations 2022 da Euromonitor está em 12.º no ranking, mas subiu 5 lugares em relação a 2021.
Em Paris, as aquisições de casas com preços superiores a 3 milhões de euros subiram 43% em 2021 e, em 2022, o aumento foi ainda de 14%. "Estas aquisições já não se encontram apenas no 6, 7, 8 ou no Marais, mas também nos 10, 19 e 20, que são os novos ‘arrondissemente’ da moda. O mercado de alta gama está a espalhar-se por todos os 20 bairros da capital francesa, cada um dos quais tem o seu próprio Triângulo Dourado", analisa Richard Tzipine, vice-presidente da Barnes, comentando o estudo que a consultora agora divulgou. “Este é o caso do inesperado 9º. É lá, no distrito de Saint-Georges para ser preciso, que um grande apartamento foi vendido por mais de 75.000 euros por metro quadrado. Um recorde para 2022!” - sublinha.
Durante décadas, o mercado imobiliário de luxo estava limitado a alguns poucos ‘arrondissements’ (bairros) no oeste e no centro de Paris. Mas, segundo o mais recente estudo da Barnes, “isso agora mudou”; todos os 20 arrondissements atraem uma população de gente altamente endinheirada que quer ter casa na capital luz. “Nada menos que uma revolução e um sinal de uma abordagem nova e provavelmente duradoura da vida parisiense” - refere o especialista da BARNES.
“A procura é naturalmente diferente dependendo do sector em questão. Com ainda prioridade para os arrondissements mais cobiçados e históricos, como o 6º, 7º e 8º, que permanecem com valores sólidos em geral (com preços médio por m2 que variam entre os 15.510 e os 19.325 euros).
Segundo aquele especialista, “a transformação das condições de trânsito no centro da cidade e o abandono do automóvel como principal meio de transporte têm um papel a desempenhar neste fenómeno. Os compradores agora racionalizam em termos de tempo de viagem, percebendo que podem atravessar Paris de bus, metro ou bicicleta em 20 minutos. Isso ampliou significativamente seu campo de visão”.
“O que estamos vendo, tanto para uma clientela francesa como internacional, é uma nova forma de abordar as aquisições de imóveis em Paris” - adianta.”