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Um Natal recheado de esperança

20 de dezembro de 2021

O Natal é, por excelência, um tempo de esperança, optimismo e paz. O ano que agora se aproxima do fim trouxe-nos o melhor e o pior de dois mundos, levando todos e cada um de nós ao limite da nossa resiliência, vontade e determinação.

No imobiliário, como é, aliás, habitual, acabámos por ter episódios para todos os gostos. Se, para alguns, este ano acabou por ser o culminar de vários processos que se encontravam em curso e, como tal, que se concretizaram dentro da normalidade, para outros foi um ano de luta e de vontade. O sector, por si, acabou por não sofrer o abalo que muitos vaticinaram que iria acontecer, mas para o comum dos consultores imobiliários, este foi um ano de muita labuta e muita esperança. E, felizmente também, alguns sucessos.

O mercado não teve o shift que se esperava (em abono da verdade nem para o lado mais positivo, mas também não para os cenários mais catastrofistas) e acabou por se manter mais ou menos imune às modas e pressões do sector. Quem quis vender, a um preço justo, conseguiu fazê-lo. Quem quis comprar, a um preço justo, também. E, se nestes processos, tiveram a sorte de ser bem aconselhados por profissionais, é algo que só temos de nos congratular.

Este ano continuou a assistir-se a uma enorme rotação no sector. Entraram inúmeros consultores no mercado, outros saíram porque se fartaram, porque não vingaram ou porque, como alguns justificam, “arranjaram um emprego”. Apesar da incerteza e dos tempos de crise, criaram-se inúmeras imobiliárias, foram concedidas várias licenças AMI, ao mesmo tempo que outras fecharam portas e não singraram no mercado onde se inseriam. Tudo acontecimentos, infelizmente normais, num mercado que, como sabemos, é amplamente competitivo e dinâmico.

2021 foi também o ano em que se começou a assistir a algum regresso de normalidade, com Portugal a voltar ao radar dos investidores, turistas e outros stakeholders que encaram o nosso País como uma oportunidade. O que faz com que 2022 possa ser encarado por muitos como o ano da efectiva normalidade, em termos de investimentos e oportunidades milionárias de negócio. Com mais ou menos doses de vacinas, já se percebeu que o vírus e as suas inúmeras variantes é algo que temos de lidar e aprender a conviver com.

A terminar, fica prometido na próxima semana um balanço mais efectivo do ano que está prestes a acabar, em que nos despedimos de um ano que, apesar de tudo, nos marcou. A todos e a cada um de nós. Resta-me, também por isso, nas linhas que me faltam, desejar a todos os meus leitores e seguidores, um Santo e Feliz Natal, com a esperança de dias ainda melhores para o ano que se avizinha.

Francisco Mota Ferreira

Trabalha com Fundos de Private Equity e Investidores e escreve semanalmente no Diário Imobiliário sobre o sector. Os seus artigos deram origem ao livro “O Mundo Imobiliário” (Editora Caleidoscópio).