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Hugo Santos Ferreira - Presidente da Direcção da APPII

OE2025: Promotores imobiliários aplaudem intenção de descida do IVA na construção

14 de outubro de 2024

A Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII) pediu hoje "sentido de Estado" para que medidas da habitação inseridas na proposta do Orçamento do Estado sejam aprovadas, elogiando a intenção de descida do IVA na construção e reabilitação.

"Acreditamos que esta proposta de Orçamento traz confiança ao mercado de habitação, dá os primeiros passos no sentido de começar a ser uma solução para a crise habitacional que vivemos", refere o presidente desta associação, Hugo Santos Ferreira, em comunicado, acentuando que "tem que haver sentido de Estado para que as medidas agora inscritas, sejam aprovadas" e possa ser colocada mais habitação no mercado.

Numa reacção à proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), a APPII considera que o documento dá "um passo em frente", ainda que "tímido", na resolução da crise da habitação, destacando a mudança no IVA.

Em causa está uma autorização legislativa, que terá de ser usada ao longo de 2025 (em caso de aprovação do OE2025), para que a taxa reduzida do IVA (6% no continente) seja aplicada a empreitadas de construção ou reabilitação de imóveis de habitação, definidas segundo critérios estabelecidos pelos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da Habitação.


Imagem de jcompa no Freepik


Esta autorização prevê ainda que sejam excluídos da aplicação da taxa reduzida do IVA as obras de construção ou reabilitação, total ou parcialmente, de imóveis de habitação cujo valor exceda o "limite compatível com a prossecução das políticas sociais de habitação do Governo".

Para a APPII, que tem vindo a reivindicar uma medida com estas características, a sua concretização pode ajudar a colocar mais casas no mercado, para venda ou arredamento.

A manutenção de medidas de apoio a pessoas mais novas, como o IMT Jovem, é também aplaudida pela APPII, que refere que estas já estão a ter "efeitos positivos" no mercado, com mais jovens a conseguirem ter acesso à sua primeira casa.

Nota positiva merece também a esta associação a intenção do Governo em aumentar a oferta pública de habitação.

Já a manutenção da medida que limita a 2% a subida do valor das rendas dos novos contratos é classificado de "negativa", com a APPII a apelar à sua eliminação, considerando que tal não vai aumentar a oferta de casas no mercado.

A APPII afirma ainda que é necessário perceber "qual a posição do Governo em relação às rendas congeladas anteriores a 1990", defendendo que "importa resolver este problema, salvaguardando proprietários e inquilinos, mas dando uma solução para este problema que se arrasta há mais de uma década".

Na análise que faz ao OE2025, a associação presidida por Hugo Santos Ferreira defende a introdução de novas medidas para a simplificação dos licenciamentos.

A APPII representa empresas de promoção e investimento imobiliário, nacionais e estrangeiras, que actuam em Portugal, contando actualmente com 200 associados, dos quais 50% são empresas estrangeiras, com actividade na indústria do imobiliário nacional.

Lusa/DI