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Mercado de Escritórios de Lisboa abranda no 1º trimestre e do Porto arranca a boa velocidade

17 de abril de 2023

No final do 1º trimestre, o mercado de escritórios do Porto somou um volume de absorção total acima 32% comparativamente ao mesmo período do ano 2022 e Lisboa cai 69%.

De acordo com o último relatório da Savills, sobre o desempenho dos escritórios na capital portuguesa e na Invicta, o mercado de escritórios de Lisboa contabilizou um volume de absorção total de aproximadamente 20.000 m2, revelando uma descida acentuada de 69% face ao período homologo do ano 2022.


Comparativamente com a média dos primeiros trimestres dos últimos cinco anos, o resultado ficou igualmente 55% abaixo da média cifrada nos 43.900 m2.

Já o número de operações fechadas observou um aumento de 20% relativamente ao 1º trimestre de 2022. Apesar do maior número de negócios concretizados, estes foram direcionados para áreas de menor dimensão, com a área média por operação a rondar os 500 m2.


As zonas 3 (Nova Zona de Escritórios) e 6 (Corredor Oeste) com 3.794 m2 e 3.729 m2 respetivamente, verificaram os volumes de absorção mais altos dos primeiros três meses do trimestre. Ainda assim, os valores alcançados não foram suficientes para evitar decréscimos homólogos na ordem dos 89% e dos 19%.

Em contraste, a zona 4 (Zona Histórica & Beira-Rio) tem observado um aumento gradual no seu volume de absorção, tendo encerrado o trimestre com 2.840 m2, acima dos 428 m2 fechados no 1º trimestre de 2022. Também a zona 7 (Outras zonas) contabilizou um balanço positivo com o fecho de aproximadamente 2.000 m2, num desempenho que se tem mantido coerente na média dos últimos cinco anos.

Frederico Leitão de Sousa, Head of Corporate Solutions da Savills Portugal afirma “Os resultados do 1º trimestre de 2023 são naturais e expectáveis, devendo ser analisados com o devido enquadramento. A quebra mais acentuada deve ter em consideração a base comparativa que é bastante elevada. 2022 foi o ano dos pré-arrendamentos que inflacionaram ao longo de todos os trimestres volume de absorção, colocando maior pressão nos números de 2023.

O mercado permanece com um elevado volume de procura, mas agora é necessário que o mercado consiga libertar oferta de qualidade por forma a podermos manter a nossa competitividade. Este ano está a prevista a conclusão de aproximadamente 114.000 m2, dos quais 64% estão já ocupados, números bem demonstrativos da dinâmica do nosso mercado”.

O sector das TMT´s &Utilities permanece na liderança da tabela como o setor mais dinâmico, tendo sido responsável pela ocupação de 5.699 m2.


Mercado de Escritórios do Porto arranca a boa velocidade

No final do 1º trimestre de 2023, o mercado de escritórios do Porto somou um volume de absorção total de 7.689 m2, um resultado que ficou acima 32% comparativamente ao mesmo período do ano 2022 e apenas 5% abaixo da média dos primeiros trimestres dos últimos quatro anos.

O volume de absorção alcançado foi o resultado do fecho de 13 operações, três das quais acima dos 1.000 m2, que elevaram a área média do trimestre para aproximadamente 600 m2.


A Zona CBD Boavista registou a melhor performance do 1º trimestre de 2023 com um volume de absorção total de 2.124 m2, seguida da Zona Out of Town com 2.924 m2.

Mas o maior crescimento de volume de absorção foi observado nas Zonas de Expansão com um aumento de 106% face ao mesmo período de 2022, que correspondeu ao fecho de 3 operações num total de 2.054 m2.

Francisco Megre, Offices Consultant da divisão do Porto da Savills Portugal, sublinha que “Iniciámos 2023 a bom ritmo e os números provam-no. A recuperação do mercado é já um dado adquirido, com o Porto a integrar as listas de destinos empresariais preferenciais de ocupantes internacionais. Para os próximos dois anos, está prevista a conclusão de aproximadamente 90.000 m2 de novos projetos, maioritariamente concentrados na Zona Out of Town e que vão trazer ao mercado um grau de inovação, tecnologia e modernidade inédito. Fatores que vão impulsionar ainda mais o mercado de escritórios do Porto além-fronteiras e colocá-lo lado a lado com outras congéneres europeias fortes”.