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Lisboa arranca com construção de 128 fogos a preços acessíveis em Entrecampos

24 de julho de 2020

A Câmara Municipal de Lisboa lançou hoje a primeira pedra do primeiro lote de 128 fogos a preços acessíveis, de um total de cinco, na Avenida das Forças Armadas, orçado em 14 milhões de euros.

“Daqui a cerca de ano e meio nós teremos centenas de pessoas, jovens e famílias da classe média, que sem este projecto [Renda Acessível], sem a iniciativa da câmara, não teriam esta oportunidade [de viver no centro da cidade]”, avançou o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, na sessão que marcou o arranque da obra.

Serão construídos naqueles terrenos municipais um total de 476 habitações destinadas aos jovens e às famílias da classe média, num investimento global de 80 milhões de euros.

De acordo com a Câmara de Lisboa, os restantes quatro lotes do empreendimento, que terá, além das habitações, vários equipamentos sociais, "deverão estar todos em obra até ao final do ano".

 

Operação Integrada de Entrecampos

Fernando Medina sublinhou que esta construção, em terrenos municipais “há décadas sem destino”, faz parte do projeto de Renda Acessível da designada Operação Integrada de Entrecampos, “uma leitura conjunta sobre uma zona central da cidade de Lisboa que tinha inúmeros problemas para resolver”.

O autarca destacou também que os futuros inquilinos destes fogos “poderão ter habitação, numa zona nobre, central da cidade de Lisboa”, de “altíssima qualidade” e “construída com os mais elevados padrões do ponto de vista ambiental”, permitindo “uma vida de qualidade”.

“Numa zona que terá infraestruturas ao nível do pré-escolar, ao nível das escolas aqui bem perto e ao nível do reforço das infraestruturas de apoio às pessoas mais velhas”, acrescentou o presidente da Câmara de Lisboa.

Medina defendeu ainda que uma “cidade de ciclo curto”, em que as pessoas vivam mais perto do local de trabalho e de onde os filhos estudam, “é uma grande protecção do ponto de vista da vida (...), da saúde e do ponto de vista da qualidade de vida”, reiterando a necessidade de acelerar a resposta municipal de acesso à habitação.

 

Renda máxima: 30% do rendimento familiar

O regulamento da Renda Acessível estabelece que cada pessoa ou família deverá gastar no máximo 30% do seu salário líquido na renda. De acordo com a câmara, o valor da renda de um T0 varia entre 150 e 400 euros, o de um T1 situa-se entre 150 e 500 euros e um T2 terá uma renda que pode ir dos 150 aos 600 euros, enquanto as tipologias superiores contarão com uma renda mínima de 200 euros e máxima de 800.

O primeiro concurso do Programa de Renda Acessível de Lisboa realizou-se em Março e registou 3.170 candidatos para um total de 120 fogos.

Lusa/DI