
MAC/CCB - Foto CCB - creditoRitaCarmo
Filipe Magalhães é o novo curador do Centro de Arquitectura do MAC/CCB
O arquitecto Filipe Magalhães, cofundador do atelier fala, é o novo curador do Centro de Arquitectura do Museu de Arte Contemporânea do Centro Cultural de Belém (MAC/CCB), anunciou hoje a Fundação Centro Cultural de Belém (CCB).
Filipe Magalhães deverá entrar em funções, com o seu atelier, no dia 02 de Janeiro de 2026, por um prazo de quatro anos.
A escolha resulta de um concurso público lançado em Junho deste ano, ao qual concorreram dezenas de profissionais, acrescenta o CCB, em comunicado.
Filipe Magalhães ficará responsável pela definição e desenvolvimento da programação do Centro de Arquitectura, reportando directamente à direcção do MAC/CCB e em articulação com as restantes áreas daquele centro cultural.
Nascido no Porto, em 1987, Filipe Magalhães é arquitecto pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), onde se encontra a concluir o doutoramento, e “interessa-se pelo papel do arquitecto enquanto autor e pelo espaço doméstico enquanto obra de arte”.
Trabalhou com Harry Gugger, em Basileia, e com Kazuyo Sejima, no Japão, leccionou em Toronto, Munique, Lisboa e Lausana, e é autor e coautor de projectos editoriais publicados “sobre temas variados e entrelaçados, como a ficção de Kazuo Shinohara, o desenho como representação tangível, ou uma nova vaga de práticas portuguesas”.
Em 2013, fundou o atelier fala, no Porto, juntamente com Ana Luisa Soares, Ahmed Belkhodja e Lera Samovich.
Ao longo dos anos tem colaborado com diversas universidades e instituições internacionais, entre as quais o Centennial Hall, em Tóquio, a ETH Zurique, o RIBA, em Londres, a GSAPP, em Nova Iorque, a Graham Foundation, em Chicago, a BOZAR, em Bruxelas, e a Casa dell’Architettura, em Roma.
O seu trabalho foi apresentado em mostras como as Bienais de Arquitectura de Veneza e Chicago, a Fundação de Serralves e o Pavillon de l’Arsenal, em Paris.
A proposta curatorial agora escolhida reflecte as preocupações e o percurso do atelier fala, valorizando a relevância do debate sobre a arquitectura no contexto europeu e a sua ligação com a sociedade.
Filipe Magalhães propõe “questionar as normas com o público” e “criar exposições generosas, mas inquietantes”, defendendo que “todos os espaços merecem ternura”, nomeadamente na “beleza do que é negligenciado”, e que a arquitectura é simultaneamente um “acto de ficção e empatia”.
O cargo de curador do Centro de Arquitectura do MAC/CCB foi anteriormente ocupado por Mariana Pestana.
Lusa/DI













