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Portugal tem 12 projectos candidatos ao Prémio Europeu de Arquitectura Contemporânea

 

Portugal tem 12 projectos candidatos ao Prémio Europeu de Arquitectura Contemporânea

6 de novembro de 2025

Doze projectos portugueses estão nomeados para o Prémio da União Europeia para a Arquitectura Contemporânea/Prémio Mies van der Rohe 2026 (EUmies Awards 2026), anunciou hoje a Comissão Europeia e a Fundació Mies van der Rohe.

Ao todo, 410 obras de 40 países europeus e 143 regiões compõem a lista de nomeados para esta edição do galardão, que distingue a excelência e a inovação na arquitectura contemporânea europeia, revelam os organizadores, em comunicado.

Portugal candidata-se com a Adega Quinta de Adorigo (Tabuaço), do atelier Sérgio Rebelo; a Reabilitação de Edifícios do Bairro do Cerco do Porto, dos gabinetes José Gigante Arquitecto e Virgínio Moutinho Arquitectos; o Campo de Futebol Laje (Oeiras), de Miguel Marcelino; o Edifício 4 do ISCTE-UL (Lisboa), da Equipa de Reabilitação e Expansão do Campus do ISCTE; o 1818URCAR – Reabilitação do Espaço Público da Avenida Carvalho Araújo (Vila Real), do atelier Belém Lima Arquitectos; e o Edifício “A Nacional” (Porto), da equipa Menos é Mais Arquitectos Associados.


Adega Quinta de Adorigo, em Tabuaço, do ar.º Sérgio Rebelo


Estão igualmente nomeados o prédio de apartamentos na Rua Roberto Ivens (Matosinhos), da autoria do atelier Ursa; o Bairro Padre Cruz Market Hall (Lisboa), do gabinete REDO arquitectos; o Complexo de Saúde de Carcavelos, de Simão Botelho, com Stúdio J e Duoma; a Sede da Corcet (Penafiel), de Nuno Melo Sousa; Graça Funicular (Lisboa), do Atelier Bugio; e o Hotel Lince Santa Clara (Vila do Conde), do Atelier Carvalho Araújo.

Esta 19.ª edição do prémio, realizada com o apoio do Programa Europa Criativa da União Europeia, reflecte a diversidade, a criatividade e a riqueza do panorama arquitectónico europeu, segundo os organizadores.

As nomeações foram apresentadas por uma vasta rede de associações nacionais de arquitectura, peritos independentes e pelo Comité Consultivo, e incluem as obras mais significativas concluídas entre Maio de 2023 e Abril de 2025.


Campo de futebol da Laje(Oeiras, do arq.º Miguel Marcelino. Foto Lourenço T. Abreu


A partir desta lista, o júri irá seleccionar 40 projectos, a anunciar em Janeiro de 2026, reduzindo depois a lista a sete finalistas em Fevereiro.

Na primavera, os jurados visitarão os locais das obras finalistas, reunindo-se com arquitectos, clientes, utilizadores e comunidades locais.

Os vencedores nas categorias de Arquitectura e Arquitectura Emergente serão anunciados em Abril de 2026, na cidade de Oulu (Finlândia) - uma das Capitais Europeias da Cultura 2026 -, numa celebração dos projectos que definem o futuro da arquitectura europeia, acrescenta o comunicado.


Edifício “A Nacional” Porto - Menos é Mais Arquitectos Associados


Nas palavras de Normunds Popens, director-geral adjunto da Direcção-Geral da Educação, Juventude, Desporto e Cultura da Comissão Europeia, “a arquitectura não é apenas uma questão técnica ou estética, é uma questão cultural, ambiental e democrática, que reflecte os valores europeus partilhados, como a diversidade cultural, a sustentabilidade, a democracia e a solidariedade”.

“Os EUmies Awards 2026 celebram o melhor da arquitectura europeia, um projecto partilhado que traduz a criatividade, a inovação e o compromisso do nosso continente com um presente sustentável”, acrescentou Laia Bonet, presidente da Fundació Mies van der Rohe e vice-presidente da Câmara Municipal de Barcelona.


The Lince SantaClara (Vila do Conde), do Atelier Carvalho Araujo


O júri internacional é composto por Smiljan Radić, Carl Bäckstrand, Chris Briffa, Zaiga Gaile, Tina Gregorič, Nikolaus Hirsch e Rosa Rull, que irão agora reunir-se para seleccionar as 40 obras de arquitectura a anunciar em Fevereiro, das quais sairão as sete finalistas.

Os EUmies Awards, criados pela Comissão Europeia e pela Fundació Mies van der Rohe, são considerados uma das mais importantes distinções da arquitectura europeia, reconhecendo projectos que contribuam para o desenvolvimento sustentável e cultural do espaço urbano europeu.

A primeira edição do Prémio Mies van der Rohe, instituído em 1988, teve como vencedor o arquitecto português Álvaro Siza, com o edifício do antigo banco Borges & Irmão, em Vila do Conde.

Lusa/DI