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Investir em Portugal. Saiba porque os brasileiros apostam no nosso país

13 de junho de 2022

A 3ª edição do SIIBRA - Salão Internacional Imobiliário no Brasil, decorre este ano entre os dias 8 e 12  de Agosto, na Foz do Iguaçu. Trata-se do evento que liga o sector imobiliário português e brasileiro. Guimênia Nogueira, responsável pelo SIIBRA, revela ao Diário Imobiliário o que atrai os brasileiros ao nosso país.

Para a responsável, o SIIBRA 2022 será mais um somatório do mercado imobiliário do Brasil e de Portugal pois será um ponto de encontro para empresários, investidores, corretores de imóveis de todo o Brasil e corretores internacionais de todo o mundo, em especial mediadores de Portugal, promotores, organismos públicos e público potencial comprador um evento onde serão apresentados Debates, Conferências, Seminários, Workshop, Networking e realização de grandes negócios.

Como está a viver o Brasil esta pandemia e que ainda não terminou?

O Brasil está actualmente a tentar sobreviver a um problema que atingiu todo o mundo. Em termos económicos existem vários factores determinantes. Entre eles, uma alta da taxa Selic. A taxa Selic, que é referência no mercado financeiro, está em 9,25%. A taxa básica de juros da economia brasileira interfere directamente nos juros cobrados pelos bancos para empréstimos e financiamentos; ou seja, financiar um imóvel pode ficar mais caro. 

A economia no Brasil sofre interferências directas da volta das actividades económicas, do controle da pandemia e do cenário político. Com as eleições presidenciais em 2022, entender como está o mercado imobiliário e como ficará vai fazer a diferença na hora de investir em imóveis.

Acompanhar as notícias do mercado imobiliário no Brasil ajuda a tomar decisões sobre compra, venda ou arrendamento de imóveis. Dessa forma, a tarefa de entender como está o mercado imobiliário no pós-pandemia deve-se considerar uma série de factores, que influenciam o mercado como um todo.

Nomeadamente a Inflação alta. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), medido pela Fundação Getúlio Vargas, ficou em 17,78% em 2021. Conhecido como a inflação do arrendamento, ele tem um papel fundamental no reajuste dos contratos deste ano. Vale aqui tentar entrar num acordo com o proprietário para que o aumento fique bom para ambos os lados.

A perspectiva de retoma da economia para 2022 é boa. Em 2021, a economia brasileira já demonstrou crescimento com as exportações brasileiras respondendo positivamente e fechando o ano batendo recordes.

 O comércio cresceu 35,8% em relação ao ano anterior superando o recorde de US$ 481,6 bilhões registado em 2011. O saldo comercial cresceu 21,1% comparado com 2020 e ficou acima do recorde de US$ 56 bilhões de 2017. Nas exportações, o crescimento foi de 34% em comparação ao ano anterior, batendo o recorde de US$ 253,7 bilhões de 2011. As importações subiram 38,2% em relação a 2020 e tiveram o maior resultado desde 2014, quando ficaram em US$ 230,8 bilhões. O recorde de valor importado foi o de 2013, de US$ 241,5 bilhões.

Quais os principais desafios para a retoma da economia do Brasil?

 O Brasil enfrenta desafios para a retoma do crescimento no pós-pandemia, actualmente com tanta imprevisibilidade gerada pela pandemia, projectar cenários futuros e garantir a resiliência dos processos de negócio tornou-se um exercício de extrema incerteza, procurando perspectivas e vivências diferenciadas em busca de um caminho comum, embora os impactos sejam diferentes para os diversos tipos de sectores.

Investir em serviços personalizados e com maior qualidade, bem como enxugar o orçamento, reduzindo gastos com a adopção do home office e com a digitalização de processos, vem sendo, e há expectativas de que será, o grande desafio da indústria brasileira.

Já é possível identificar que, enquanto alguns segmentos devem ter uma alta sustentável, outros encararão uma retoma lenta. Para este segundo segmento, é considerável a revisão da aplicação de novas metodologias e projectos estratégicos que podem tornar possível a transformação do negócio a médio e até curto prazo.

A economia do Brasil foi intensamente impactada por uma crise sanitária sem precedentes causada pelo cenário atípico da pandemia do novo coronavírus, iniciada no país em Março de 2020.

Diante das medidas de isolamento social decretadas pelos governos locais e pelo órgão regulador de vigilância sanitária (a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA), foi desencadeando no país um cenário de desigualdade social e de crise económica que já era preocupante.

Com o tempo e o relaxamento das medidas de isolamento social, sectores que estavam sobrestados por decreto governamental puderam retornar às actividades. O desafio, então, vem sendo enfrentar a crise económica e instabilidade política que o país vem vivenciando, na tentativa de retomada da economia do Brasil ao patamar pré-pandemia.

No contexto mais específico, um estudo feito pela consultoria internacional BIP revela que os sectores mais afectados são os chamados “não essenciais” como combustíveis, esportes, shows e eventos, aviação, turismo e hotelaria.

Segundo a instituição, será necessário que estes setores praticamente retomem suas economias do zero, o que tornará a retomada econômica muito lenta.

O PIB do Brasil fica em 9º lugar de ranking com 32 países, diz Austin Rating.

O Brasil ficou à frente de países como Reino Unido, que experimentou alta de 0,8% no PIB do primeiro trimestre de 2022 ante o quarto trimestre de 2021

O crescimento de 1,0% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre de 2022 ante o trimestre anterior e de 1,7% ante igual período de 2021, fez o país figurar na 9ª posição em ranking internacional de desempenho da actividade económica, desta vez com 32 países, compilado pela agência de classificação de risco Austin Rating.

Os eventos estão a voltar à normalidade no Brasil?

O sector de eventos no Brasil aposta na retoma de 100% da programação em 2022. A associação prevê quase 590 mil de eventos no Brasil; na cidade do Rio, mais de 80 congressos, feiras e simpósios estão marcados para os próximos meses

De acordo com a Abrape, a expectativa é de que 590 mil eventos sejam realizados até o final deste ano em todo país.

De acordo com a Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape), a expectativa é de que 590 mil eventos sejam realizados até o final deste ano, em todo país.

Responsável por 4,32% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, o sector amargou com prejuízos nos dois últimos anos. A área, que antes da pandemia gerava 23 milhões de empregos, perdeu mais de 450 mil postos de trabalho e deixou de facturar cerca de140 mil milhões de reais, em 2021.

Segundo a Abrape, mais de 530 mil eventos, como shows, festas, congressos, eventos desportivos e sociais, teatro, entre outros, não foram realizados, no ano passado, em função da Covid-19.

Na cidade do Rio de Janeiro, mais de 80 congressos, feiras e simpósios estão marcados para os próximos meses, além de eventos desportivos nacionais e internacionais, como a Copa Davis, torneio de tênis masculino, e as competições de ciclismo, Le Tour de France e Gran Fondo.

Para o mês deJunho, considerado baixa temporada, estão previstos dois grandes eventos que prometem movimentar a capital fluminense. No dia 11, são esperadas 200 mil pessoas no Esperança Rio, encontro gospel, que será realizado na praia de Copacabana.

Já nos dias 18 e 19 acontece a Maratona do Rio, que reúne 35 mil corredores de rua. A rede hoteleira estima atingir cerca de 90% de ocupação somente neste período. De acordo com o vice-presidente do Hotéis RIO, José Domingo Bouzon, os eventos têm grande importância para o setor hoteleiro.

É um marco significativo do calendário de eventos e traz muito retorno em termos de diárias e ocupação. O sector hoteleiro precisa reconhecer e valorizar a importância deste evento, que movimenta milhares de pessoas.

Para os meses de Setembro e Outubro, a aposta é a realização de um megafestival de música, com mais de mil atrações musicais. O evento costuma atrair mais de 500 mil pessoas de vários lugares do país. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, o impacto económico do festival na cidade é de 1,7 mil milhões de reais.

Para auxiliar os governos estaduais e municipais a tomarem decisões relacionadas ao retorno do sector de eventos de cultura e entretenimento em todo Brasil, a Abrape lançou uma plataforma inédita, chamada Radar Eventos.

O método é semelhante ao utilizado para o mesmo propósito nos EUA e Reino Unido.

A metodologia funciona da seguinte forma: no Radar são cruzados dados do volume total de vacinados e projecções de novos óbitos diários até Dezembro de 2021 no país.

A partir do impacto do aumento da imunização na queda no número de casos e vítimas, se estabelece um índice de três óbitos por milhão de habitantes como referência para avalizar a retomada segura e imediata dos eventos.

Como se encontra o mercado imobiliário no Brasil?

A pandemia da covid-19 mudou a vida das pessoas. Além de distanciamento social, uso de álcool em gel e máscaras, outro comportamento que veio para ficar foi o regime de trabalho em home office. Em muitos casos, ele se tornou permanente. Diante dessa mudança, como está o mercado imobiliário?

A pandemia trouxe mais um factor para somar aos vários que afectam o mercado imobiliário, além de taxas de juros, cenário político, inadimplência, economia e clima. O modelo de trabalho em casa tem uma grande influência nos novos empreendimentos imobiliários. Vejamos como está o mercado imobiliário.

O sector de prédios comerciais foi um dos que mais sentiram o impacto da pandemia do coronavírus. Com a adopção do trabalho em home office, grandes prédios comerciais ficaram vazios. Em muitos casos, empresas decidiram se mudar para locais menores, a fim de acomodar uma equipe presencial reduzida.

Especialistas em mercado imobiliário acreditam que a volta aos escritórios vai acontecer aos poucos ao longo de 2022, mesmo que seja em um modelo híbrido (alguns dias no escritório, outros dias em casa). Ainda assim, não se espera que os prédios voltem a ser como eram antes da pandemia.

O sector imobiliário acredita que parte desses prédios comerciais possa se tornar espaços para coworking: espaços com infraestrutura de escritório, com salas de reunião, voltados para profissionais autônomos. Lá podem ser feitas reuniões presenciais com clientes e até com os funcionários em home office.

Quais são as tendências imobiliárias?

O sector de prédios comerciais foi um dos mais afectados, mas não foi o único. A pandemia também acelerou mudanças que já vinham acontecendo no mercado de imóveis. Para entender como está o mercado imobiliário hoje, vamos ver algumas tendências que se mostram promissoras para 2022.

  1. Mudança para o interior

Com o home office, pode-se trabalhar de qualquer lugar — desde que tenha uma boa ligação à internet. Assim, para profissionais que podem desempenhar as suas funções de casa, a pandemia só acelerou uma tendência que já vinha acontecendo: a de sair da capital e morar no interior.

São várias as vantagens dessa mudança: melhor qualidade de vida, menos trânsito, distâncias menores, mais natureza perto de casa e mais interação com os vizinhos. Ainda que exista a necessidade de se deslocar algumas vezes para a sede da empresa, o investimento no interior costuma compensar.

2. Residências maiores

Para quem está em home office, é fundamental ter um espaço específico para montar o escritório. Além de separar o trabalho do restante da residência, isso traz mais conforto para o profissional e a sua família. Se uma casa ou um apartamento mais espaçoso não for uma alternativa possível, a readequação dos ambientes já ajuda a ter esse local reservado.

3. Morar perto do trabalho

Caso a opção de home office não se torne permanente em algumas empresas, outra tendência é a procura por casas ou apartamentos que sejam perto do trabalho. Isso já evita ficar muito tempo parado no trânsito. Dá para aproveitar melhor o dia e ainda economizar combustível, por conta da distância.

O que espera do SIIBRA-Salão Internacional Imobiliário no Brasil de 2022?

Eu espero que o SIIBRA seja novamente um sucesso nesta 3º edição que acontecerá em Foz do Iguaçu/Brasil. Pois trata-se de um evento que pretende estreitar e facilitar negócios imobiliários entre Brasil e Portugal. O SIIBRA 2022 vem desta forma proporcionar aos promotores e mediadores portugueses a possibilidade de levarem até ao Brasil os seus produtos e de angariarem novos investidores.

O SIIBRA é o caminho a ponte que liga os mediadores e investidores para a apresentação dos empreendimentos de Portugal e do Brasil. A 1º edição 2018, aconteceu em Fortaleza em parceria com o CONACI-Congresso Nacional dos Corretores de Imóveis e a 2º edição do SIIBRA aconteceu de 25 a 29 de Agosto 2019 em São Paulo no Centro de eventos Milenium, onde o SIIBRA foi o parceiro oficial da convenção Secovi/SP.

A terceira edição do SIIBRA acontecerá em Foz do Iguaçu em parceria com o ENBRACI-Encontro Brasileiro de Corretores de Imóveis  de 8 a 12 de Agosto de 2022 em Foz do Iguaçu/Brasil.

Quais os desafios e obstáculos neste momento?

Mesmo passando por tudo que enfrentamos durante a pandemia os obstáculos fazem parte da nossa vida. Não é exclusividade de cada um  servem para contribuir para o nosso desenvolvimento como ser humano.

É preciso entender que os desafios são instrumentos que a vida utiliza para nos tornar seres fortes, resilientes e preparados, capazes de aprender com as experiências negativas, e até mesmo as positivas, e seguir em frente procurando inovar aumentar sua network participando de eventos que te façam crescer no seu segmento imobiliário.

Porque os brasileiros gostam tanto de Portugal?

Porque o clima de Portugal é muito agradável. O clima de Portugal é invejado pela maioria dos demais países da Europa. Isso porque o país, em sua maior parte, não apresenta temperaturas extremas.

Portugal é um país que oferece belezas diversas e para todos os gostos. Possui uma arquitectura histórica muito admirada, com ruínas, castelos e prédios históricos com beleza singular e um toque bem português. As belezas naturais também não ficam atrás, há de tudo um pouco: belíssimas praias – tanto ao Norte quando às mais famosas ao Sul, no Algarve; rios e natureza únicos – como do Rio Tejo e do Rio Douro; paraísos verdes muito bem preservados e líderes em green tourism como nas Ilhas dos Açores e da Madeira; isso sem falar no charme e na história imbutida dentro das cidades como Sintra e Guimarães, por exemplo.

Gosta de um ambiente urbano mais moderno e agitado? Lisboa também oferece. Mesclado ao charme histórico, a capital portuguesa tem também clima de cidade grande e arquitectura que mescla as belezas do passado com o melhor da arquitetura moderna.

Também come-se e bebe-se muito bem. E os doces? Como não mencionar os pastéis de nata? São deliciosos e a combinação perfeita para um café. Em Lisboa, encontra-se os famosos pastéis de Bélem, uma marca dos pasteis de nata, que são definitivamente maravilhosos. E Portugal tem muitos outros doces para se provar, a maioria deles à base de nata. É entrar em uma confeitaria e se fartar de tanto comer.

Não poderíamos deixar de mencionar os vinhos. Portugal é um dos maiores produtores de vinho do mundo, possui vinhos notáveis, vencedores de prêmios que são verdadeiras relíquias. E vale lembrar o Vinho do Porto, aquele vinho aperitivo típico da cidade nortenha e famoso no mundo todo. E o melhor: paga-se muito barato por vinho em Portugal e sua população tem costume de beber muito vinho.

Portugal é ainda dos países mais baratos da Europa para se viver. O custo de vida de Portugal é consideravelmente inferior ao dos principais países da Europa Ocidental. É possível viver bem gastando pouco em terras portuguesas, por isso é admirável que muitas pessoas consigam viver ganhando o salário mínimo do país – o que é impensável no Brasil. Mesmo na capital e no Porto, as duas maiores cidades de Portugal, não é preciso muito dinheiro para viver. Para se ter uma ideia, o custo de vida de Lisboa é semelhante ao custo de vida em São Paulo, e em Porto é 14% mais barato. Considerando a qualidade de vida oferecida em terras portuguesas, o custo de vida é barato.

O clima de Portugal é muito agradável. Com as quatro estações bem definidas, o clima de Portugal é invejado pela maioria dos demais países da Europa. Isso porque o país, em sua maior parte, não apresenta temperaturas extremas. Ao sul de Portugal, a temperatura média é mais alta, especialmente no interior, ficando na casa dos 30 graus no Verão, e em alguns pontos até alcançando os 40. Mas a maior parte do país tem temperaturas médias amenas. E o melhor: o verão é seco, chove pouco então pode-se aproveitar muito as praias, rios e piscinas. No Inverno, a temperatura é baixa – principalmente para a maioria dos brasileiros que está acostumada com calor – mas poucos são os locais onde a temperatura cai do 0ºC. O inverno é chuvoso e dura os três meses que devem durar, sem fazer frio extremo como em países próximos. A primavera é quente, mas não muito e o outono é friozinho, com muito vento, muita neblina e a troca das folhas, um cenário lindo. Um clima fácil de se adaptar e onde se pode aproveitar todas as estações.

 A língua facilita a adaptação. Facilita, mas não é exactamente a mesma não! Muita gente acha que vai chegar em Portugal e vai entender tudo o que os portugueses dizem. Na realidade, o português do Brasil e o português de Portugal são bastante diferentes. Entende-se bem, mas é preciso um esforço para entender o sotaque, principalmente porque o povo português fala muito depressa, quando eles falam devagar, entendemos bem (na sua maioria). Não é só o sotaque, são muitas as palavras que são diferentes para designar a mesma coisa, por isso é comum em Portugal eles dizerem que nós falamos “brasileiro” e não português. Só para se ter uma ideia: Açogue em Portugal? Chama-se talho. Ponto de ônibus? Paragem de autocarro. Carona? Boleia. Chopp? Fino, e por aí vai, as diferenças são muitas. Mas ainda é muito mais fácil adaptar-se ao português de Portugal do que a um idioma completamente diferente, isso não há dúvidas. Com pouco tempo no país já se adapta ao sotaque a às palavras novas. Ah, e há tantos brasileiros morando em Portugal que eles já entendem a maior parte das nossas palavras.

A educação pública é de qualidade. É claro que há lugares do país onde a educação é melhor do que em outros, como é natural, mas de uma forma geral, a educação pública de Portugal não deixa a desejar, sendo muito melhor do que a brasileira.  O ministério da Educação de Portugal investiu muito em projetos de progressão do ensino no país e os resultados já são sentidos na população pois tem subido nos rankings mundiais em qualidade de ensino, se aproximando dos países europeus com ensino mais desenvolvido. Os maiores investimentos foram em formação de professores, nos edifícios escolares, na introdução de tecnologias no ensino e no apoio acrescido aos alunos que revelam dificuldades de aprendizagem. As escolas oferecem aos alunos bibliotecas escolares e laboratórios para o ensino das ciências. Isso fez com que a educação pública portuguesa desse um salto de qualidade nos últimos 10 anos. Além disso, todas as crianças começam a aprender inglês aos oito anos e uma segunda língua estrangeira a partir dos 12. Portanto, a maior parte da população portuguesa adulta e jovem tem o domínio intermediário de pelo menos um idioma estrangeiro. E o que é o melhor de tudo: um estudante não precisa estudar em escolas particulares para entrar nas Universidades Públicas. Ah, e as Universidade públicas portuguesas figuram nos rankings das mais bem-conceituadas das instituições de ensino da Europa, por isso muitos brasileiros vão estudar por lá.

 Não há preocupação com a segurança. Segundo o site Numbeo, o nível de segurança durante o dia em Portugal é considerado muito alto. Durante a noite é considerado alto. Imagina só não andar na rua olhando para os lados e desconfiando de todo mundo? Parece irreal, não é? Mas é possível.

É claro que isso não quer dizer que não haja insegurança ou criminalidade no país, há, mas em proporções muito menores que no Brasil. Os crimes contra o cidadão mais comuns são os furtos, não se vê alguém dizer que foi assaltado à mão armada, é muito raro. Mesmo com a crise, a criminalidade continua a descer. O maior problema em relação à segurança no país é a violência doméstica.

A saúde pública funciona bem, apesar de não ser gratuita. Paga-se pela saúde pública? Sim. Isso é estranho para nós brasileiros que estamos acostumados a ter o SUS, que é totalmente gratuito, ter planos de saúde pagos ou atendimento particular. Em Portugal funciona da seguinte maneira: toda e qualquer consulta, exame ou cirurgia que você faz no serviço público de saúde, você paga uma quantia. Não é alto, para uma consulta no posto de saúde com um clínico geral, paga-se cinco euros (equivalente a 20 reais). Para chamar uma ambulância? Paga-se 20 euros (80 reais). Um exame raio X no pronto-socorro pode ser gratuito se você não se importar de esperar pelo atendimento, numa clínica privada sai em torno dos 15 euros. É dessa forma pois a população em geral tem ordenados suficiente para conseguir pagar por elas, e assim a saúde pública consegue funcionar bem. Por mais que haja dias em que a espera por atendimento seja mais longa, está longe de ser um sistema caótico de saúde. É melhor que todos paguem uma quantia pequena para ter acesso médico do que não pagar nada e ter que dormir na fila para pegar senha, certo? Os mais ricos pagam para ter acesso planos de saúde privados, mas a maior parte da população faz uso do serviço público.

Os transportes públicos são eficientes. Os sistemas de transportes públicos portugueses funcionam de maneira eficiente. Na maior parte do país, o sistema de transportes é integrado, ou seja: você compra um cartão e pode andar nele nos mais diversos meios de transporte: ónibus, metro, comboios, eléctricos, etc. De um modo geral, os transportes costumam por regra funcionar no horário correcto, então os portugueses podem contar com o transporte público caso precisem. E além disso, atingem todas as regiões necessárias. Há horários de pico onde os transportes encontram-se mais cheios, mas nada comparado à “sensação sardinha” que temos no Brasil. E se esse ônibus/metrô está muito cheio, esperamos o próximo, ele passa com uma frequência regular bem aceitável.  Boa parte dos portugueses fazem uso do sistema público de transporte, apesar da maioria ainda gostar de manter um carro particular.

 Tem um bocadinho de Brasil em Portugal. Se há um país no exterior que é “preparado” para receber brasileiros, é Portugal. Lá, você encontra a maioria das delícias da nossa cozinha: tem churrascarias gaúchas, tem ingredientes para feijoada, pão de queijo, farofa e outras itens essencialmente brasileiros nos supermercados, tem salões de beleza à moda brasileira, e em especial, a comunidade brasileira é muito forte, então você não se sente sozinho caso não consiga se socializar facilmente com o povo português. Eles já se estão bastante acostumados com brasileiros, pois somos muitos por lá. Você encontra diversas lojas e franquias brasileiras em Portugal, como: O Boticário, Hope, Havaianas, Arezzo, Chilli Beans, C&A, CCAA, Casa do Pão de Queijo, e muitas outras. Assim, se você gosta de produtos brasileiros, já está acostumado com eles, não irá sentir falta. E a música? Em Portugal toca-se muita música brasileira, de todos os estilos. Desde a bossa nova ao Samba, do pop ao sertanejo, toda a nossa música alcança terras portuguesas, e não são consumidas só pelos brasileiros que lá vivem, o povo português escuta muita música brasileira. Dá pra viver em Portugal tendo um bocadinho de Brasil para não ficar com tantas saudades da terra natal.

E então, fala se não dá vontade de morar em Portugal? Dá sim, e é por esses e por outros motivos que muitos brasileiros vão para Portugal e não querem mais voltar.

Os brasileiros continuam a investir em Portugal?

Os brasileiros continuam a investir em Portugal, já são o quarto maior grupo em termos de investimento directo em Portugal, de acordo com levantamento da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP). Seja para comprar imóveis, aplicar em fundos de investimentos, expandir empresas ou mesmo empreender, o facto é que cada vez mais capital brasileiro é remetido para Portugal.

Mesmo com a crise gerada pela pandemia, os brasileiros ainda acham um bom momento para investir em Portugal na área de imóveis. Em 2021, o total das transacções imobiliárias no país chegou a 30 bilhões de euros, o que representa um crescimento de 10% em relação ao ano de 2020.

Comprar e reformar uma casa ou prédio em Portugal pode render bons arrendamentos em euro para o investidor. Esta é uma das opções escolhidas pelos investidores. Portugal possui inúmeros imóveis abandonados em áreas históricas das cidades portuguesas, que podem ser excelentes opções com preços de compra bastante atractivos – que ficam muito valorizados após a reforma.

As previsões para 2022 são optimistas. Os especialistas apontam que os investimentos em imóveis no país devem chegar aos níveis pré-pandemia. Portanto, investir em imóveis ainda é um excelente negócio para os investidores brasileiros.