Construção e Obras Públicas com subida nas insolvências mas também na criação de empresas
O sector da construção e obras públicas foi dos que mais insolvências sofreu (6,9%) em 2021, no entanto, foi também o segundo onde se registou a maior subida na criação de empresas (17,5%).
De acordo com a Iberinform da Crédito y Caución, as insolvência baixaram 4,6% em 2021 face ao ano anterior, com um total de 4.770 empresas insolventes, menos 230 que no período homólogo. Este é o total mais baixo desde 2018. Novembro foi o mês com maior número de insolvências (510) com a média mensal a situar-se nas 434 insolvências.
Por tipologia de acção é de registar um decréscimo de 3,5% nas insolvências requeridas por terceiros que totalizaram 879 pedidos, enquanto as insolvências apresentadas pelas próprias empresas baixaram de 1.129 em 2020 para 928 em 2021 (-17,8%). Foi decretada a insolvência de 2.912 empresas (conclusão de processos) e o ano terminou com um total de 51 Planos de Insolvência aprovados, o que traduz um aumento de 10,8% face a 2020.
Porto e Lisboa apresentam os valores de insolvência mais elevados, 1.200 e 1.110 respectivamente. Face a 2020, verifica-se um aumento de 9,4% em Lisboa e uma diminuição de 6,6% no Porto.
Os distritos que fecharam o ano de 2021 com decréscimo nas insolvências são: Horta (-62,5%); Bragança (-61%); Faro (-32,2%); Beja (-25%); Madeira (-18,8%); Viana do Castelo (-14,7%); Santarém (-14,3%); Leiria (-13,9%); Évora (-13%); Angra do Heroísmo (-10,5%); Braga (-8,8%) e Aveiro (-7,7%). Os distritos com decréscimo representam 59,1% do total.
Os aumentos face a 2020 foram registados nos distritos de: Setúbal (19%); Portalegre (10,3%); Ponta Delgada (8,1%); Castelo Branco (6,9%); Coimbra (4,7%) e Guarda (2,7%). Os distritos de Viseu e Vila Real não apresentaram variação face a 2020, mantendo um total anual de 105 e 53 insolvências, respectivamente.
Por sectores, registam-se decréscimos nas áreas de: Comércio a Retalho (-15,2%); Transportes (-14,4%); Indústria Transformadora (-10,6%); Comércio por Grosso (-6,5%); Comércio de Veículos (-4,2%), Agricultura, Caça e Pesca (-3,3%) e Outros Serviços (-2,5%). Face a 2020 houve aumento das insolvências na Indústria Extrativa (60%), Eletricidade, Gás, Água (30,8%), Telecomunicações (12,5%), Construção e Obras Públicas (6,9%) e Hotelaria e Restauração (6,7%).
Constituições aumentam mais de 10% face a 2020
Em 2021, as Constituições atingiram um total acumulado de 41.507 novas empresas, mais 3.918 em termos homólogos (10,4%)
O número mais significativo de novas constituições regista-se em Lisboa com 13.384 empresas (aumento de 12,4%) e no Porto com 7.267 empresas (crescimento de 8,8%).
São de registar aumentos também nos distritos de: Madeira (40,2%); Horta (35,9%); Setúbal (19,6%); Angra do Heroísmo (18,7%); Viana do Castelo (17,7%); Bragança (15,5%); Ponta Delgada (15,2%); Leiria (14,3%); Aveiro (8,2%); Braga (8,2%); Santarém (6,9%); Faro (6,7%); Viseu (6,2%); Guarda (2,9%); Évora (2,3%) e Portalegre (1,9%). Os distritos que apresentam variação negativa são: Vila Real (-6,2%); Coimbra (-4,3%); Beja (-4%) e Castelo Branco (-4%).
Por sectores, os aumentos face a 2020 registam-se nas atividades de: Indústria Extrativa (43,3%); Construção e Obras Públicas (17,5%); Outros Serviços (15,1%); Comércio a Retalho (10,9%); Agricultura, Caça e Pesca (8,9%); Hotelaria e Restauração (3,9%); Indústria Transformadora (3,9%) e Transportes (1,1%). Com variação negativa face a 2020 destacam-se os setores de: Telecomunicações (-15,5%); Electricidade, Gás, Água (-9,1%); Comércio por Grosso (-3,4%) e Comércio de Veículos (-3,2%).