Aumento dos preços das matérias-primas, da energia e falta de mão-de-obra continuam a condicionar o sector
Os resultados do 2º trimestre mostram que a actividade dos sectores da construção e imobiliário mantiveram-se estáveis, subindo ligeiramente face ao 1º trimestre.
De acordo com o Inquérito à Situação do Sector - 2º Trimestre, realizado pela AICCOPN, 62% das empresas indicam que os seus níveis globais de actividade se mantiveram estáveis, valor que é 5 pontos percentuais (p.p.) mais elevado que os 57% verificados no 1º trimestre do ano.
26% das empresas aponta para um incremento da actividade, valor que é praticamente igual ao registado no trimestre anterior (27%). Identifica-se, ainda, uma redução no peso das empresas que assinalam um decréscimo da actividade, para os 12%, menos 4 p.p. que os 16% apurados no 1º trimestre.
Quanto aos constrangimentos à actividade, no segmento das Obras Públicas, o aumento dos preços das matérias-primas, energia e dos materiais de construção foi assinalado por 71% das empresas e a falta de mão-de-obra especializada foi indicada por 66% das empresas, com ambos os registos a situarem-se apenas 1 p.p. abaixo do apurado no primeiro trimestre.
A escassez das matérias-primas / materiais de construção foi apontada por 40% das empresas e o problema dos preços-base demasiado baixos dos concursos públicos foi indicado por 28%.
No segmento das Obras Privadas, o principal constrangimento à actividade, o aumento dos preços das matérias-primas, energia e dos materiais de construção, foi assinalado por 82% das empresas (86% no trimestre anterior), enquanto que a falta de mão-de-obra especializada foi apontada por 79% (78% no primeiro trimestre).
A escassez das matérias-primas e dos materiais de construção, continua a ser o terceiro problema mais identificado, mas reduziu significativamente o seu peso para os 44%, menos 15 p.p. que o verificado no trimestre anterior.