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Retirada de cabos à superfície em Lisboa: o que nasce torto...!

3 de novembro de 2020

A retirada de cabos de telecomunicações e redes existentes à superfície em vários bairros e ruas de Lisboa implica uma “mega empreitada” de intervenções no espaço público, disse hoje o vereador do Urbanismo, Ricardo Veludo.

O autarca, que falava na sessão plenária da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), explicou que a remoção destes cabos de postes ou fachadas de edifícios é complexa, uma vez que “têm de ir para algum lado” e implicam a “abertura de valas”.

Apontando que será necessário realizar “uma mega empreitada de intervenções no espaço público” para retirar os cabos, Ricardo Veludo adiantou que já solicitou ao departamento de Espaço Público a “delimitação de ruas e bairros onde este problema existe”, assim como a quantificação do “custo estimado para a abertura de valas e montagem de tubagens e/ou galerias técnicas”.

O vereador falava durante a discussão de uma petição, subscrita por 252 cidadãos, que pede a eliminação de postes com cabos de telecomunicações e redes no Bairro da Calçada dos Mestres, situado junto ao Aqueduto das Águas Livres, na freguesia de Campolide.

 

Operadoras “fazem orelhas moucas...”?

No âmbito da petição, a Comissão Permanente de Ordenamento do Território, Urbanismo, Reabilitação Urbana e Obras Municipais elaborou uma recomendação, aprovada hoje por unanimidade, para que a autarquia “promova junto das operadoras de telecomunicações e energia a necessidade de procederem ao enterramento dos vários cabos que existem à superfície em vários bairros da cidade ao abrigo do Regulamento de Infraestruturas em Espaço Público”.

O documento pede que a câmara, presidida por Fernando Medina (PS), “faça cumprir o disposto no regulamento”, aprovado pela autarquia e pela AML em 2015 e que prevê a eliminação destes cabos.

“Acho que estamos todos conscientes da complexidade e da dimensão do problema. Isso não deve ser razão para não nos dedicarmos a ele, pelo contrário, é razão para conseguirmos avaliar e ter uma estratégia de intervenção faseada e que combine inteligência, ambição e realismo”, salientou Ricardo Veludo.

O autarca referiu também que devem ser priorizadas “as ruas ou bairros que estejam sobre área de protecção de monumentos e edifícios ou conjuntos classificados como tendo interesse patrimonial”, acrescentando que informará a AML quando o estudo para a realização de obras estiver concluído.

Lusa/DI