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Vilas operárias de Lisboa vão ser reabilitadas para habitação

 

Vilas operárias de Lisboa vão ser reabilitadas para habitação

 

Vilas operárias de Lisboa vão ser reabilitadas para habitação

 

Vilas operárias de Lisboa vão ser reabilitadas para habitação

 

Vilas operárias de Lisboa vão ser reabilitadas para habitação

27 de novembro de 2016

O município de Lisboa vai reabilitar 34 pátios e antigas vilas operárias da cidade, três bairros já no próximo ano, para ali promover habitação acessível essencialmente dirigida aos mais jovens, anunciou hoje a vereadora da Habitação.

“Fizemos a análise daquilo que são os pátios e vilas de propriedade municipal. Alguns não têm viabilidade, estão em estado muito avançado de degradação […] e, portanto, serão demolidos e o espaço público será devolvido à população, mas naqueles que têm viabilidade avançamos com a requalificação integral”, afirma Paula Marques.

Segundo a responsável, o objectivo é “pôr os fogos em habitação acessível”.

Paula Marques apontou que em causa estão “pequenas áreas” nas freguesias de Campolide, Belém, Beato, São Vicente, Marvila, Ajuda e Alcântara, razão pela qual “faz sentido que [os fogos] sejam direcionados a gente mais nova”.

“Quando lançarmos o concurso para a camada mais jovem, (…) há um condicionante que as pessoas que se candidatam têm de perceber: há um conjunto de população idosa que já é nossa inquilina e que vive nestes pátios e vilas”, alertou.

De acordo com esta responsável, “a ideia é mesmo ser uma coisa inter-geracional”, com “gente mais nova num espaço onde há gente mais velha”.

“O pátio e a vila são óptimos do ponto de vista da promoção da convivência, mais do que um edifício”, considerou.

 

Investimento de 7 milhões de euros

Nas obras de reabilitação, a Câmara vai ter em conta a “preservação da memória histórica deste tipo de construção, que é muito diferente do resto do património disperso, a requalificação do espaço público interno ao pátio, a requalificação dos devolutos e a requalificação do [edificado] existente”, precisou a também responsável pelo pelouro do Desenvolvimento Local.

Ao todo, o investimento camarário neste projecto é de perto de sete milhões de euros, mas não vai ser todo concretizado em 2017.

No próximo ano, serão apenas requalificados três bairros nas freguesias de Campolide, Beato e Belém, num total de cerca de três milhões de euros.

Paula Marques assinalou que a intervenção com “mais impacto é a Vila Romão da Silva, paredes-meias com as Amoreiras”.

Ali existem também equipamentos, como uma companhia de teatro, que manterá o seu espaço, indicou.

Acrescem as empreitadas de reabilitação da Vila da Bela Vista, no Beato, e do Pátio Paulo Jorge, em Belém.

“Estas três avançam no próximo ano, sem a menor dúvida”, assegurou Paula Marques.

Falando sobre o orçamento camarário para 2017, que foi aprovado na terça-feira pela Assembleia Municipal de Lisboa, a responsável assinalou que o investimento feito em habitação é da ordem dos 35 milhões de euros.

Deste montante, 7,5 milhões de euros serão suportados pelo empréstimo feito ao município pelo Banco Europeu de Investimento (que é de 250 milhões de euros até 2020 e prevê uma fatia de 75 milhões de euros para habitação social).

“Em 2017, é a continuação daquilo que temos vindo a fazer, com maior capacidade de execução, do ponto de vista financeiro”, apontou a vereadora, aludindo a intervenções nos bairros municipais, nos fogos devolutos e em património disperso.

Lusa/DI