Materiais de construção prevêem crescimento de 1,7% em 2021 e 2,1% em 2022
A APCMC - Associação Portuguesa de Materiais de Construção considera que 2020 foi um ano positivo, tanto para os volumes de construção como para os negócios do sector e espera crescimento para 2021 e 2022.
De acordo com o estudo, Evolução dos Negócios no Comércio de Materiais de Construção – estimativas para 2020 e previsões para 2021 e 2022, elaborado por Manuel Carlos Nogueira, economista e docente universitário, para a APCMC, o sector do comércio e distribuição dos matérias de construção em 2020 apresentou um crescimento entre 0,5% e 1,5%, dependendo do subsetor. Para 2021, as estimativas de crescimento apontam para valores entre 1% e 1,9% e para 2022 entre 1,2% e 2,7%, também dependendo do subsector.
Em termos globais, a estimativa sobre volume de construção em 2020 foi de um crescimento de 1,3% (os dados sobre o último ano ainda não se encontram apurados na totalidade), sendo que para 2021 e 2022 se prevê um aumento de 1,7% e 2,1%, respectivamente.
Manuel Carlos Nogueira destaca, que “apesar desta crise sanitária e económica, a vida e a economia continuam da forma possível, pelo que não queremos deixar os players do sector e os associados da APCMC sem indicações do que podem esperar para o futuro próximo”.
Embora, seja certo que crescimentos insustentáveis e estratosféricos, como os verificados na década de 80 e 90, não irão ocorrer nos próximos dois anos, o estudo da APCMC alerta, contudo, que os negócios previsivelmente estarão assegurados e até com algum crescimento. “Não queremos deixar de dar uma palavra de confiança para os comerciantes e distribuidores de materiais de construção”, acrescenta.
Subsetores com crescimentos diferenciados
Se analisarmos a performance esperada em cada um dos subsectores que constituem o mercado dos materiais de construção, verificamos que as previsões para 2021 e para 2022 apontam para valores entre os 1,6% e os 2,7%.
Assim, no segmento “Comércio por grosso de madeira, materiais de construção e equipamento sanitário”, a previsão é, respectivamente, de 1,7% e de 2%.
No “Comércio por grosso de minérios e metais”, vai de 1,8% e 2,1%; no “Comércio por grosso de ferragens, ferramentas e artigos para canalização e aquecimento, situa-se entre 1,6% e 1,9%, respetivamente. Por último, o “Comércio a retalho de ferragens, tintas, vidros, equipamento sanitário, ladrilhos e similares, entre 1,9% e os 2,7%, respetivamente.
Já em termos de volumes de construção, as estimativas da APCMC para 2021 e 2022, prevêem um crescimento na construção de habitação nova, de 1,6% e 2,7%, respectivamente. Crescimento superior é esperado na construção habitacional - renovação, de 2,1% e 2,9%, respectivamente.
Na construção não habitacional nova, o desempenho é inferior nos dois anos em análise: 0,7% e 1,4%, respectivamente. Contudo, situação diferente perspetiva-se para a construção não habitacional – renovação, com um crescimento de 5% em 2021 e 1,5% em 2022.
Quanto à engenharia civil nova é esperado um crescimento de 2,1% em 2021 e 2,5%, em 2022. No caso da engenharia civil – renovação, o crescimento previsto é de 1,3% e 1,5%, respectivamente.