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"Estamos a rever o tema das moratórias" - ministro da Economia

11 de fevereiro de 2021

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital afirmou que está a "rever o tema das moratórias", mas não avançou detalhes, salientando que tal será feito de forma "estruturada e clara".

Pedro Siza Vieira falava em audição regimental do Ministério da Economia, na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

Em resposta ao Bloco de Esquerda, o governante afirmou: "Já disse que estamos a rever o tema das moratórias".

O governante disse entender que "é importante haver perspectivas", salientando que as moratórias de crédito terminam em Setembro deste ano.

"Obviamente antes disso teremos que dar noção disso, vamos fazê-lo de forma que seja estruturada e clara", acrescentou, sem avançar mais detalhes.

Já sobre a conjuntura económica, Siza Vieira salientou que, "perante a contração brutal da procura mundial e o consumo interno resultante de restrições à actividade económica", a prioridade de 2020 não era o crescimento económico, mas "mitigar o mais possível o impacto" sobre o emprego e o rendimento das famílias.

Desse ponto de vista, "tendo em conta as características da nossa economia, chegámos todos ao fim do ano com resultados" que "não confirmaram as piores previsões que praticamente todas as instituições faziam", apontou.

"O valor do desemprego durante o ano de 2020, o INE - Instituto Nacional de Estatística fez sair as projecções e aquilo que sabemos é que a taxa de desemprego, no conjunto do ano, esteve em 6,8%, são mais 0,3 pontos percentuais do que tivemos no final de 2019", apontou.

Pedro Siza Vieira sublinhou que "o esforço de mitigação do impacto da crise é importante".

Questionado sobre a ASAE - Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, considerou a entidade uma "estrutura essencial" e salientou que o quadro de inspetores conta com "cerca de 252" neste momento.

No entanto, admitiu que a ASAE "tem muitas necessidades de investimento".

No ano passado, "entregámos 30 viaturas, é insuficiente e temos de continuar a fazer esse trabalho", disse, acrescentando está a ser feito um "investimento muito importante no Laboratório de Segurança Alimentar".

Já sobre a Efacec, relembrou uma empresa "que atua nos mercados internacionais, é uma empresa exportadora de engenharia, de capacidade industrial", que também atua "no mercado nacional com uma componente muito grande de substituição de importações" que "precisa de liderança, designadamente acionista, que saiba atuar" nesses mercados.

Por isso, "a intervenção do Estado, que se fez por uma razão de circunstância, há de ser temporária", concluiu Pedro Siza Vieira.

LUSA/DI