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Hotelaria, Restauração, Construção e Obras Públicas foram dos sectores que mais criaram empresas

8 de abril de 2022

No primeiro trimestre do ano, Hotelaria e Restauração foi um dos sectores que mais criou novas empresas, atingindo um aumento de 63,2%. A Construção e Obras Públicas mais 23,5%.

De acordo com o Iberinform/ Creédito y Caución, só em Março, as constituições evoluíram de 3.844 empresas em 2021 para 4.272 em 2022, mais 428 novas empresas em termos homólogos (+11,1%). Em totais acumulados verifica-se um acréscimo significativo de 29,2%, com um global de 13.417 novas empresas constituídas.

O número mais significativo de constituições verifica-se em Lisboa, com 4.403 empresas (+52,3%), e no Porto, com 2.225 empresas (+10,4%). Na terceira posição surge o distrito de Setúbal, com 1.020 constituições (+40,9% face a 2021).Outros distritos com acréscimos nas constituições são: Faro (+54%); Vila Real (+52,3%); Coimbra (+38,7%); Madeira (+26,7%); Santarém (+22%); Angra do Heroísmo (+21,6%); Viana do Castelo (+21,1%); Aveiro (+16,6%); Braga (+16,1%); Évora (+15,7%); Ponta Delgada (+15,6%); Beja (+13,3%); Portalegre (+13,1%); Guarda (+10,9%); Castelo Branco (+10,2%); Viseu (+9,6%) e, por último, Leiria (+9,5%).

Os distritos com variação negativa são apenas Horta que decresce de 32 para 23 constituições (-28,1%) e Bragança que baixa de 142 para 121 (-14,8%).

No primeiro trimestre deste ano, os setores que apresentam variação positiva na criação de novas empresas são: Transportes (+102,7%); Hotelaria e Restauração (+63,2%); Outros Serviços (+37%); Telecomunicações (+24,1%); Construção e Obras Públicas (+23,5%); Indústria Transformação (+11,8%); Agricultura, Caça e Pesca (+10,1%); Comércio por Grosso (+9,8%); Comércio de Veículos (+9,6%) e Eletricidade, Gás, Água (+4,7%); Indústria Extrativa (-50%) e Comércio a Retalho (-9,9%) são os únicos distritos com variação negativa nos primeiros três meses do ano.

Insolvências aumentaram 3,7% no primeiro trimestre de 2022

No entanto, as insolvências aumentaram 3,7% no primeiro trimestre de 2022, face ao período homólogo do ano passado, com 1.324 empresas insolventes. Este é o valor acumulado mais elevado no primeiro trimestre dos últimos três anos. Março foi o mês com mais insolvências, 468, o que traduz um incremento de 9,1% face a 2021. Contudo, este aumento das insolvências traduz, fundamentalmente, um aumento no número de processos concluídos já que as declarações de insolvência requeridas por terceiros diminuíram 17,6% no primeiro trimestre face a 2021 (menos 46 pedidos), enquanto às apresentações à insolvência pelas próprias empresas tiveram uma redução de 3,1% (menos oito pedidos). Os encerramentos com plano de insolvência também baixaram 12,5% face a 2021. De Janeiro a Março de 2022 foi declarada a insolvência de 850 empresas, mais 102 que em igual período de 2021.

Os distritos de Lisboa e do Porto mantêm as suas posições de liderança, com 347 e 335 insolvências, respetivamente. Braga surge na terceira posição em valores absolutos, com 126 insolvências. Face a 2021, verifica-se um aumento de 15,3% em Lisboa (mais 46 insolvências), uma diminuição de 3,7% no Porto (redução de 12 insolvências) e uma redução de 13,7% no distrito de Braga (menos 20 insolvências).

Com decréscimos evidenciam-se, ainda, os distritos de: Angra do Heroísmo (-100%); Faro (-38,6%); Bragança (-33,3%); Guarda (-30%); Portalegre (-27,3%); Aveiro (-22,4%); Viana do Castelo (-15,8%) e Castelo Branco (-4%). Os aumentos nas insolvências verificam-se nos distritos de: Évora (+66,7%); Leiria (+42,9%); Santarém (+34,3%); Setúbal (+27,9%); Viseu (+19,2%); Vila Real (+15,4%); Madeira (+7,1%) e, por último, Coimbra (+4,8%). Em 2021, Horta não teve insolvências registadas no primeiro trimestre e este ano soma um total de três. Os distritos de Beja (sete insolvências) e Ponta Delgada (11 insolvências) não tiveram variação face a 2021.

Por sectores, apresentam aumento nas insolvências as actividades de: Comércio de Veículos (+42,4%); Outros Serviços (+12%); Agricultura, Caça e Pesca (+10%); Indústria Transformadora (+8,4%) e Comércio a Retalho (+4,3%). Com decréscimo destacam-se os setores de: Telecomunicações (-66,7%); Indústria Extrativa (-50%); Construção e Obras Públicas (-4%); Comércio por Grosso (-3,2%); Hotelaria e Restauração (-6,3%) e, por último, Transportes (-1,9%).