Carlos Moedas propõe que obras na ciclovia da Almirante Reis em Lisboa avancem sem consulta pública
O presidente da Câmara de Lisboa propôs hoje que as obras na ciclovia da Almirante Reis - provavelmente a que mais controvérsia tem suscitado nos últimos tempos - avancem sem consulta pública, pedida por BE, Livre e Paula Marques, mas a votação das iniciativas do autarca e da oposição foi adiada.
A informação foi prestada por fonte camarária. Segundo a mesma fonte, pouco depois do início da reunião privada extraordinária do executivo camarário, que começou pelas 09:30, o presidente Carlos Moedas (PSD) apresentou uma proposta sobre a alteração da pista ciclável da Almirante Reis, para que seja decidido “dar continuidade à execução dos trabalhos em curso de acordo com o projecto de execução e cronograma anexos”.
A proposta do presidente da câmara foi apresentada como alternativa à iniciativa dos vereadores do BE, do Livre e da vereadora independente Paula Marques (eleita pela coligação PS/Livre).
Os vereadores da oposição defendem que, “antes de qualquer alteração na configuração do perfil da avenida”, seja apresentado o projecto de alteração fundamentado para a ciclovia da Almirante Reis, abrindo um período de recolha de contributos de, no mínimo, 45 dias.
Inicialmente, tinham proposto “não menos de 30 dias”, mas decidiram agora alterar para aplicar o mesmo tempo que foi aprovado relativamente à consulta pública sobre as alterações de trânsito na cidade, entre as quais constam o corte do trânsito na Avenida da Liberdade aos domingos e a redução da velocidade.
A iniciativa dos vereadores do BE, Livre e Paula Marques estava prevista ser apreciada e votada hoje, mas, com a apresentação da proposta de Carlos Moedas sobre o mesmo tema, sem que se tenha cumprido os prazos para que a oposição a pudesse analisar, ambas foram “adiadas para uma próxima reunião”, ainda sem data marcada, indicou fonte do executivo municipal.
Lusa/DI