Viver em contacto com a natureza - uma tendência mundial
A procura de uma qualidade de vida mais perto da natureza, de casas de baixa manutenção com espaços exteriores, em zonas mais seguras e menos habitadas, já é uma tendência mundial, e leva também as famílias portuguesas a procurar casas fora dos grandes centros, nomeadamente quando falamos da Grande Área de Lisboa, a sul do Tejo, onde encontram esse estilo de vida procurado e onde os preços são mais acessíveis do que na capital e o custo de vida é mais baixo. Esse aumento de procura resultou num aumento dos preços das casas de 18,3% em 2023, o triplo de Lisboa (6,15%), segundo a Confidencial Imobiliário. O limite mínimo de 1.500 €/m2 a sul do Tejo é cerca de um terço do valor praticado em Lisboa (4.446 €/m2).
Estes concelhos lideram os aumentos dos preços das casas, com oito das dez maiores valorizações dos imóveis na Área Metropolitana de Lisboa (AML). Almada continua a liderar os preços com 2.474 €/m2, representando uma valorização de mais de 18%. O preço é equiparado ao de Odivelas (2.553 €/m2), superando a Amadora (2.276 €/m2) e Sintra (2.119 €/m2), considerados os mercados da primeira coroa de Lisboa. A Moita, o concelho mais barato da região, registou uma valorização de 23,24% face ao ano passado, com um preço de 1.573 €/m². Entre os concelhos mais procurados estão Alcochete (2.170 €/m2), Montijo (1.874 €/m2) e Seixal (1.974 €/m2). Sesimbra tem um preço por m2 de 2.164 € e o Barreiro 1.843 €, enquanto Setúbal está nos 1.936 € e Palmela nos 1.904 €.
A valorização dos preços das casas a sul do Tejo, acontece devido ao aumento da procura, por questões de mudança de mentalidades e de estilo de vida, assim como maior qualidade de vida a preços mais baixos. Como consequência, ocorre uma pressão na procura de habitação perante a pouca oferta, contribuindo para a subida dos preços. A contribuir para esta situação, não está apenas a crescente procura por parte das famílias portuguesas e estrangeiras, mas também os nómadas digitais atraídos para estes concelhos, e os portugueses que fizeram o seu percurso no estrangeiro e que querem uma casa de férias perto da capital, a pensar no regresso às raízes quando se reformarem, pois Portugal continua a ser um dos melhores e mais seguros destinos para viver em idades de reforma, daí a procura de casas também por parte de estrangeiros nesta faixa etária. Esta é uma região muito atrativa para viver ou investir, devido à proximidade a Lisboa e a facilidade de acessos, através das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril e o custo de vida é mais baixo. Existe uma procura em termos gerais de todas as zonas a sul, mas uma maior preferência pelos concelhos ligados pela Ponte Vasco da Gama, devido à baixa densidade populacional, melhor ordenamento territorial, maior prestígio social, menor, ou quase nula, existência de bairros problemáticos, maior envolvente com a natureza, e é mais nesta zona que existem grandes herdades e moradias de luxo, pelo que as pessoas, que estão habituadas a viver em Lisboa, Cascais, etc., procuram essa “validação social” quando mudam para sul do Tejo. Com essa referida mudança de mentalidades, está a verificar-se precisamente essa procura por pessoas de classe social média alta e alta, que querem casas com espaços exteriores, diminuição do custo de vida, como, por exemplo, a diminuição de custo dos colégios dos filhos, pois existem excelentes escolas públicas nessa zona, muito seguras, sendo que também continuam a haver opções perto, inclusivamente de escolas internacionais. Para as pessoas que vivem sozinhas e que já não se sentem seguras em muitas partes da cidade, a opção de viver em locais mais calmos, que permitem uma vida ao ar livre e mais simplificada, acaba por ser também um ponto de atração pela procura de zonas mais inseridas na natureza. Mas, este não é um fenómeno português, as tendências mundiais assim o dizem. A grande diferença em Portugal, é que sendo um país tão pequeno, tudo acaba por ser perto, sendo que, a maioria das vezes, as pessoas demoram menos tempo a chegar ao trabalho, morando a uma maior distância, do que morando no centro ou em zonas mais procuradas nos limites das grandes cidades, devido ao trânsito diário.
A dinâmica do investimento nesta região é influenciada pelo aumento da população e pelo desenvolvimento de novas infraestruturas, como o do projeto na região, já aprovado, da renovação das linhas férreas e do comboio de alta velocidade, e também o novo aeroporto, que independentemente da localização, aumentará o emprego direto e indireto, o que terá um impacto positivo na economia local, e melhoria da qualidade de vida na região, originando uma ainda maior necessidade de projetos imobiliários nestas zonas.
Existem já várias promotoras imobiliárias a apostar nestes concelhos, com projetos residenciais de excelente qualidade, e a previsão é de que aumentem num curto espaço de tempo, e mesmo assim a procura continuará muito maior do que a oferta. A tendência é a procura de espaços mais pensados e com menor manutenção, com terraços e zonas exteriores com jardim/piscina, espaço para home office, casas com muita luz e o mais amplas possível. Dando como exemplo, o nosso novo projeto lançado em outubro, a Herdade Real de Santiago, a menos de 20 minutos da Ponte Vasco da Gama, só em 2 meses vendemos cerca de 60% das unidades disponíveis da 1.ª fase, e tivemos vários investidores, incluindo portugueses, a comprarem 3 e 4 moradias de uma vez, o que faz prever que este projeto seja novamente mais um sucesso de vendas da JPS Group e que se confirma esta tendência de mercado.
Em paralelo com tudo o que foi já referido, o investimento numa casa representa uma das melhores oportunidades para quem pretende avançar para o mundo dos investimentos e que valoriza a segurança do seu capital. A valorização dos preços das casas a sul do Tejo, e a previsão de ainda maior valorização no futuro, faz com que seja uma excelente oportunidade de investimento no presente, para conseguir elevados retornos num futuro a curto e médio prazo.
João Sousa
CEO da JPS GROUP
*Texto escrito com novo Acordo Ortográfico