Terceira fase do Revive prevê requalificação de mais 15 imóveis
A terceira fase do Programa Revive, que visa a recuperação e valorização do património, bem como o seu aproveitamento económico e turístico, vai integrar 15 imóveis públicos, anunciou hoje o Governo.
O lançamento da terceira fase do programa, hoje anunciado, prevê a requalificação das Termas das Caldas de Moledo (Peso da Régua e Mesão Frio); Casa do Brasileiro (São João da Pesqueira); Quinta do Mosteiro de São Pedro de Folques (Arganil); antigo Sanatório Infantil do Caramulo (Tondela); Casa dos Almeidas (Sardoal); Castelo e Casa Portilheiro (Crato) e Convento de Nossa Senhora do Desterro (Monchique).
A este património, que já tinha sido referenciado no âmbito da Agenda do Turismo para o Interior, o executivo junta agora o antigo Hospital da Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande (Açores); o antigo Sanatório de Portalegre, a Quinta e Palacete da Ponte da Pedra (Matosinhos); a antiga Colónia de Férias da Torreira (Murtosa); o antigo Convento da Senhora da Alegria e os antigos Quartéis do Burgo Medieval (Castelo de Vide); o antigo Matadouro de Barcelos; o antigo Centro Psiquiátrico de Arnes (Soure) e o Palace Hotel do Buçaco (Mealhada).
Citado numa nota à imprensa, o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, considerou hoje o lançamento da terceira fase do Programa Revive um “sinal da vitalidade e importância deste programa na requalificação e aproveitamento económico do património imobiliário público com valor arquitectónico, patrimonial, histórico e cultural, concedendo uma nova oportunidade a imóveis em adiantado estado de degradação”.
Concurso para a Casa das Fardas em Estremoz
A lista de imóveis a recuperar foi divulgada no mesmo dia em que o governante anuncia, em Estremoz, a abertura do novo concurso público para a concessão, por um período de 50 anos, do conjunto edificado que integra a Casa das Fardas, antigo Assento Real utilizado como Armazém de Fardas do Exército da Província do Alentejo.
A concessão tem como finalidade “a reconstrução, realização de obras e subsequente exploração turística do imóvel com um total de 2.391 metros quadrados, incluindo o Paiol, um anexo de cozinhas e a Casa do Guarda.
A recuperação deste património “poderá resultar num número estimado de 53 unidades de alojamento, caso se pretenda instalar uma unidade hoteleira”, refere o comunicado em que o Governo anuncia um prazo de 120 dias para a apresentação de propostas de eventuais interessados.
A Casa das Fardas era um dos imóveis inscritos na segunda fase do Revive.
Nas duas primeiras fases do programa foram listados para recuperação um total de 49 imóveis, dos quais 23 inseridos em territórios de baixa densidade.
Segundo o Ministério da Economia e do Mar, estão actualmente em vigor 18 contratos que representam um investimento de cerca de 142,5 milhões de euros, a que correspondem rendas anuais de cerca de 2,5 milhões.
O Revive é um programa conjunto das áreas governativas da Economia, da Cultura, das Finanças e da Defesa, desenvolvido em estreita articulação com as autarquias locais e que tem por principal objectivo recuperar e valorizar património público devoluto e reforçar a atractividade dos destinos regionais.
Lusa/DI