"Tendências de mercado: Áreas menores, benefícios maiores"
A compra de uma casa é sempre uma decisão muito importante e uma das mais significativas a nível financeiro por ser um investimento de longo prazo. Face à conjuntura económica que atravessamos, o aumento da inflação e das taxas Euribor, que contribuem para o aumento do preço das casas e do custo de vida, cujos rendimentos das famílias portuguesas não acompanham, é importante avaliar qual a taxa de esforço para pagar as prestações da casa, sem comprometer o orçamento familiar.
Atualmente, o preço das casas está muito elevado, principalmente nas grandes cidades, porque existe escassez de imóveis, originando um aumento da procura de casas fora dos centros urbanos. Aqui, o preço por metro quadrado das casas é mais competitivo, existe mais oferta habitacional, o custo de vida é menor e é possível viver em contacto com a natureza com mais tranquilidade e qualidade de vida. Na hora de comprar casa, a área do imóvel é um fator importante que estabelece não só as condições de habitabilidade do espaço, consoante as necessidades do comprador, mas também o preço do metro quadrado que terá de pagar. Quanto maior for a área de uma casa, maior será o seu custo.
Um dos principais benefícios de se comprar casa com áreas menores é que permite poupar muito dinheiro: o preço de uma habitação pequena é mais acessível em comparação com uma casa maior; manter uma casa de menor dimensão é menos dispendioso, porque evita-se comprar objetos extra e desnecessários, seja para decorar ou acumular; as contas de consumo de água e eletricidade também tendem a diminuir, o que permite reduzir a pegada de carbono e ter um estilo de vida mais amigo do ambiente.
Além do aspeto económico favorável, também existem outros benefícios: os lares mais pequenos são mais aconchegantes para quem vive só ou tem famílias pequenas; a economia de tempo associada à organização da casa e respetivas tarefas; é possível ter uma agradável área de lazer privada no exterior, seja um jardim, uma varanda ou um terraço, de fácil manutenção, que funciona como um prolongamento da casa, onde é possível relaxar e receber com frequência a família ou os amigos; mais tempo, mais liberdade.
Em Portugal, existe um novo padrão de vida doméstica nacional, porque os agregados familiares estão mais pequenos e aumentou o número de pessoas que vivem sozinhas. Segundo, os últimos dados dos CENSOS 2021 do INE, os agregados familiares com 3 ou mais pessoas diminuíram nos últimos 10 anos. O número de agregados com apenas 1 pessoa cresceu (18,3%) e com 2 pessoas cresceu (7,9%).
A opção de morar numa casa com áreas menores permite optar por um estilo de vida minimalista, simples e sustentável, que reduz os excessos de compra e o acumular de coisas ao longo da vida, para passar a ter aquilo que é apenas essencial. Este movimento minimalista, é baseado na ideia de viver melhor com menos, prezando o bem-estar e a qualidade de vida, investindo dinheiro e tempo naquilo que realmente importa. Esta tendência de viver em casas mais pequenas surgiu nos Estados Unidos da América, tornou-se comum na Europa, nomeadamente na França e Holanda e tem crescido exponencialmente na última década. Comprar uma casa mais pequena, é uma ótima maneira de se viver de forma mais sustentável, reduzir custos, organizar a vida e ter mais tempo. E é também nisso que estamos a trabalhar. Na JPS Group olhamos para o mercado, para as famílias, para as suas necessidades, e desenvolvemos projetos de pessoas para pessoas. Mais do que seguir tendências, criamos tendências, alteramos conceitos e trazemos sempre algo inovador. Essa preocupação constante em apresentar ao mercado aquilo que é preciso, fazendo alterações, de projeto para projeto, de uma forma dinâmica, é uma das razões do nosso sucesso.
João Sousa
CEO da JPS Group
*Texto escrito com novo Acordo Ortográfico