Startup portuguesa cria plataforma para tornar construção de edifícios mais eficiente
Uma ‘startup’ portuguesa está a criar uma plataforma 'online' que, recorrendo à Inteligência Artificial, pretende trabalhar de forma integrada as valências de arquitectura e engenharia e tornar o processo de concepção de edifícios mais eficiente.
Um dos fundadores da build.ing, Elias Silva, explicou hoje que a ‘startup’ (empresa com rápido potencial de crescimento económico), sediada em Coimbra, é "uma solução para as empresas de construção optimizarem as suas escolhas, reduzindo os custos da obra com ciclos de projecto mais curtos e sustentáveis".
"Actualmente, o projecto construtivo é fragmentado", afirmou, acrescentando que as áreas da arquitectura e de engenharia "devem ser pensadas em conjunto desde o início do processo de concepção" dos edifícios.
Nesse sentido, a build.ing está a desenvolver uma plataforma 'online' que, ao recorrer a técnicas de Inteligência Artificial, trabalha de forma integrada as áreas da arquitectura e engenharia, criando modelos e estudos de desempenho energético com materiais de pegadas ecológicas diversas.
A plataforma, que será uma "página em branco" e "livre de subjectividade", permitirá apresentar aos construtores "diferentes cenários realísticos", tendo como foco a redução das emissões de carbono, os materiais de construção, o custo e o tempo.
"O serviço apresenta diferentes possibilidades construtivas com base nos objectivos dos construtores", referiu Elias Silva, destacando que o objectivo é "trazer a sustentabilidade" para o processo.
"É inadmissível que não nos movamos para ter uma indústria transformada. Queremos fazer a mudança", acrescentou.
O protótipo da plataforma deverá estar concluído até ao final deste mês, referiu Elias Silva.
A startup build.ing foi uma das três vencedoras da Final Nacional do ClimateLaunchPad, etapa organizada pela UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, e vai representar Portugal na final europeia da competição, que se realiza no último trimestre deste ano e visa apoiar ideias de negócio que reduzam o impacto negativo no ambiente.
Lusa/DI