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Sector da construção continua com riscos em 2025 com aumento dos custos - afirma a Coface
O sector da construção continuará a enfrentar um nível de risco elevado durante este ano, nomeadamente devido ao aumento do custo dos materiais e da energia e a redução do investimento público em infraestruturas, segundo uma análise da Coface, líder mundial na gestão do risco de crédito comercial.
No Barómetro de Risco País e Sectorial, divulgado hoje, a Coface conclui que o sector da construção é um dos mais vulneráveis no contexto europeu e global, pelo que ao longo de 2025 "permanecerá com uma avaliação de risco elevada".
Destacam-se factores como o aumento do custo dos materiais e da energia, que pressiona as margens de rentabilidade e a redução do investimento público em infraestruturas, "fruto de restrições orçamentais nos países da União Europeia".
Além disso, pesa também no risco a "queda da confiança dos promotores privados, especialmente em segmentos como habitação e imobiliário comercial e a incerteza sobre as políticas fiscais e financeiras, incluindo as medidas de apoio aos sectores mais afetados".
A Coface destaca ainda que a construção "continua a sofrer o impacto directo do aumento das taxas de juro, da retracção do investimento privado e das dificuldades de financiamento, com consequências significativas para as empresas e projectos em curso".
"A conjuntura actual, caracterizada pela fraca confiança dos consumidores e a deterioração das margens de lucro das empresas, está a comprometer o arranque de novas obras e a provocar atrasos em projectos já aprovados", nota a seguradora, no barómetro que avalia o risco de crédito de empresas em 160 países e 13 sectores de atividade.
Lusa/DI