RE/MAX diz que 24% da sua oferta residencial está abaixo dos 150 mil euros
Até Novembro, a RE/MAX Portugal, maior rede imobiliária a operar em território nacional, dispunha de um stock de 27.075 casas (apartamentos, moradias, duplex, estúdios), 6.407 (23,7%) das quais com um preço igual ou inferior a 150 mil euros. Segundo dados da rede imobiliária, Viseu é o distrito que regista o maior número de casas com valores acessíveis, seguido de Coimbra e o Porto, que fecham o top 3.
Na análise à oferta residencial agora apresentada, é possível verificar que, por distrito, no ranking de casas com preço igual ou inferir a 150 mil euros, Viseu destaca-se com o maior número de imóveis habitacionais com esses valores (616), o que corresponde a uma fatia de 9,6% do total nacional. Seguem-se Coimbra (9,5%); Porto (8,1%); Castelo Branco (7,5%); Braga (7,4%); Santarém (7,2%); Leiria (7%); Lisboa (6,2%); Portalegre (4,5%) e Faro (4,4%), que que fecham o top 10 dos distritos.
Dos números adiantados pela rede de mediação, é possível ainda constatarmos “que são 4.591, cerca de 17%, o número de casas com um preço de metro quadrado (m2) inferior ao preço por m2 do concelho. Já 2.274 (8,4%) são as casas com um preço igual ou inferior a 150 mil euros e com um preço m2 inferior ao do concelho”.
No que concerne a outros escalões de preços de imóveis, até Novembro, a rede RE/MAX detinha um total nacional de 27.075 casas, das quais 9.287 (34,3%) custam entre 151 mil e os 300 mil euros. Destacar ainda que entre 301 e 450 mil euros, a rede contabiliza 4.686 imóveis habitacionais (17,3%); 2.365 (8,7%) de imóveis no intervalo 451 mil euros e 600 mil euros; 1.391 (5,1%) no intervalo 601 e 750 mil euros e 1.340 (5%) com preços entre 751 mil euros e um milhão. Já habitações com valores superiores a um milhão de euros, a rede contabiliza 1.599 casas (5,9%) do total nacional.
Problemas... estruturais.
Segundo Beatriz Rubio, CEO da RE/MAX, “O imobiliário em Portugal defronta um conjunto de problemas que são já estruturais, como o desfasamento entre a oferta e a procura, o atraso e rigidez do processo de licenciamento, a elevada carga fiscal e um mercado de arrendamento pouco competitivo. Actualmente, com a subida dos juros do crédito à habitação, as casas com valores mais acessíveis são alvo de uma maior procura a nível nacional. É por isso importante para o mercado um incremento da oferta dessa habitação a preços mais acessíveis e que irá permitir que um maior número de pessoas tenha acesso a uma casa própria.”